A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou 19 pessoas nesta terça-feira (5) sob suspeita de responsabilidade pela queda da alça sul do viaduto Batalha dos Guararapes em Belo Horizonte. O viaduto despencou em julho de 2014, durante a Copa do Mundo, matando duas pessoas e ferindo outras 23. A obra fazia parte do pacote das obras de mobilidade da Copa e não tinha ficado pronta a tempo para o Mundial.
Entre os indiciados está o ex-secretário de Obras de Belo Horizonte José Lauro Nogueira Terror, além de engenheiros das empreiteiras Consol e Cowan e de servidores da autarquia Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital). Os envolvidos devem responder por homicídio e tentativa de homicídio com dolo eventual - quando o acusado assume o risco de matar.
O resultado do inquérito – divulgado após dez meses de investigações – aponta que a queda viaduto foi “consequência do desprezo às normas mínimas de segurança” e “da omissão daqueles que poderiam impedir as mortes e os ferimentos sofridos pelas vítimas”. Também indica que o desabamento “era previsível”, já que houve “dificuldade de retirada do escoramento da construção”.
Em entrevista, o diretor do Instituto de Criminalística de Minas Gerais, Marcos Paiva, afirmou que houve erro de cálculo no projeto estrutural do viaduto. O inquérito foi remetido para o Ministério Público de Minas Gerais.
Outro lado
Em nota, a prefeitura de Belo Horizonte informou que se posicionará sobre o assunto assim que tomar conhecimento do teor do relatório da Polícia Civil.
Também informou que “agirá com firmeza e cobrará punição dos responsáveis e ressarcimento dos prejuízos causados pelos mesmos”.
A reportagem não conseguiu contato com representantes das construtoras Consol e Cowan nesta terça-feira (5).
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