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Éder Conde foi preso pelo Cope | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Éder Conde foi preso pelo Cope| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

Já condenado a 22 anos e três meses de prisão, Éder Conde, o “Fernandinho Beira-Mar do Paraná”, foi detido no sábado (20) por uma equipe do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, na casa da sua mãe, na Vila Nossa Senhora da Luz, no bairro Cidade Industrial, em Curitiba (CIC). Ele é apontado como o maior traficante de Curitiba e Região Metropolitana e já havia sido preso outras vezes.

Conde foi flagrado após ter tentado invadir uma casa que era sua em um condomínio de luxo em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Junto, a polícia apreendeu ainda R$ 34 mil em dinheiro vivo e um Audi A6 blindado. Segundo o delegado titular do Cope, Rodrigo Brown, a origem desse dinheiro ainda não foi confirmada e a polícia abriu um inquérito de averiguação. O imóvel estava confiscado pela Justiça e foi repassado à União logo depois que Conde foi condenado, em 2011.

O “Fernandinho Beira-Mar do Paraná” já foi detido pelas forças policiais algumas vezes. Em 2010, ele foi levado para atrás das grades junto com outras pessoas, todos acusados de integrarem um esquema de venda de cocaína com um lucro anual de R$ 6 milhões na capital. No ano passado, uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu em flagrante o traficante, que cumpria pena em regime aberto (podia trabalhar durante o dia e se recolhia à noite). O Gaeco abordou o carro de Conde, em São José dos Pinhais, e encontrou duas pistolas, uma submetralhadora, duas balaclavas e um colete balístico.

No mês passado, logo após a morte de Diandro Claudio Melanski, outro traficante do CIC, Conde chegou a se apresentar espontaneamente à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prestou depoimento e foi liberado logo em seguida. Além de depor, ele também se comprometeu a prestar mais esclarecimentos caso necessário. A polícia suspeita da relação dele com a morte. Conde e Diandro eram amigos e passaram a ser rivais em 2010, quando o primeiro foi preso pela Polícia Federal e o segundo passou a comandar o tráfico na região.

Após a morte de Diandro, então “patrão do tráfico”, um suposto toque de recolher vigorou por alguns dias na Vila Nossa Senhora da Luz. Escolas dispensaram alunos, moradores foram orientados a não sair de casa e ônibus do transporte coletivo mudaram as rotas e circulação na região.

Do luxo à prisão

Conde foi preso em 2010 pela Operação Ressaca, da PF. Em 2011, ele foi condenado a 22 anos e três meses de prisão por ser o comandante de um grupo que distribuía 100 quilos de cocaína a cada três meses em Curitiba e Região Metropolitana.

Ele foi responsável pela movimentação de cerca de 400 quilos de cocaína por ano no começo dos anos 2000, com arrecadação que beirou R$ 6 milhões.

Conde morava em uma residência de alto padrão no Alphaville, em Pinhais, e possuía veículos de marcas famosas, como Porsche e Ferrari. Seus bens (somando imóveis e automóveis) já estiveram avaliados em mais de R$ 4,3 milhões.

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