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Motoristas e cobradores da Grande Florianópolis vão entrar em greve por tempo indeterminado na próxima segunda-feira (28). A decisão foi tomada, por unanimidade, na quarta, em assembleias que reuniram cerca de 2.000 profissionais.

Como os ônibus são a única opção de transporte público em toda a região metropolitana, quase 400 mil pessoas serão afetadas. A Prefeitura de Florianópolis informou que vai solicitar judicialmente que, nos horários de pico, 70% do serviço seja mantido e, no restante do tempo, 30%.

A principal reivindicação da categoria é a redução da jornada de trabalho de seis horas e quarenta minutos para seis horas diárias, sem cortes no salário. O secretário de comunicação do Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano), Antônio Carlos Martins, diz que a razão para o pedido é o estresse ao qual os profissionais são submetidos no trânsito. "As empresas se recusaram a negociar esse ponto. Então, não nos sobrou alternativa a não ser parar", diz.

O presidente do Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis), Waldir Gomes, confirma que a entidade não quis discutir o assunto e não vai, em hipótese alguma, alterar a quantidade de horas diárias trabalhadas. "Para fazer isso, teríamos de aumentar o preço da passagem. Mas já temos uma das tarifas mais caras [R$ 2,70] do país. Não podemos subir mais", afirma.

Para o vice-prefeito e secretário municipal de Transportes, Mobilidade e Terminais, João Batista Nunes, que está intermediando as negociações, a solicitação é "justa do ponto de vista da categoria, mas inviável economicamente". Segundo ele, com base em um levantamento, foi concluído que as empresas não teriam como arcar com os custos de contratação de mais 200 empregados para compensar a redução da jornada. "E não existe chance de a passagem encarecer", complementa.

Os profissionais do transporte público também querem reajuste salarial para cobrir a alta do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e aumento real de 5%. O Setuf ofereceu o valor do IPNC mais 1%, o que foi rejeitado pelos trabalhadores.

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