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O metrô de superfície já circula em municípios do Nordeste, entre eles Fortaleza | Divulgação
O metrô de superfície já circula em municípios do Nordeste, entre eles Fortaleza| Foto: Divulgação

Plano

No futuro, intenção é levar veículo até o terminal urbano

O diretor do Instituto de Transporte e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans), Edson Stumpf, diz que a prefeitura pretende levar o ramal do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) até o terminal urbano, localizado no centro da cidade. No futuro, a intenção é criar linhas para interligar os bairros, usando um sistema misto com ônibus, que fariam trajetos mais longos, mas com um menor número de paradas.

Hoje, cerca de 1,5 milhão de passageiros utilizam transporte coletivo em Foz do Iguaçu. O serviço recebe críticas em razão da falta de ar-condicionado nos veículos – no verão, as temperaturas chegam a 40 graus no município – e do número limitado de linhas.

Na análise do arquiteto e professor da Faculdade Dinâmica das Cataratas (UDC) Alexandre Martins Balthazar o projeto do VLT é viável e importante para Foz tendo em vista o futuro. "Investir em um VLT pode significar evitar gargalos no transporte coletivo no futuro", diz.

O professor salienta que o trajeto do trem deve buscar uma aproximação com a região dos rios Iguaçu e Paraná, porque há uma tendência de a cidade se desenvolver nessas áreas, impulsionada pelo projeto Beira-Foz – que prevê a revitalização das margens de ambos os rios. O projeto, diz ainda Balthazar, precisa estar integrado a uma proposta de mobilidade urbana para Foz.

Foz do Iguaçu vai pleitear recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para implantar um ramal do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) – conhecido como metrô de superfície. Em elaboração, o projeto prevê um circuito inicial de 40 quilômetros entre o Parque Nacional do Iguaçu e a futura sede da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), passando pelo Aeroporto Internacional das Cataratas. A viabilidade da proposta depende de verbas do PAC Mobilidade Cidades Médias.

A prefeitura, com apoio da Itaipu Binacional, onde há um setor para o desenvolvimento de projetos voltados à mobilidade, apresentará a proposta ao Ministério das Cidades até 31 de agosto. A ideia inicial do município é ter um VLT com dois vagões e capacidade para 250 passageiros. O custo estimado do projeto é de R$ 200 milhões, com um prazo de seis anos para implantação – apenas para se ter uma base de comparação, a construção de 14 quilômetros do metrô curitibano custará R$ 2,3 bilhões e cada carro terá capacidade para transportar 1.450 passageiros

A expectativa do município, que hoje tem cerca de 256 mil habitantes, é ter aumento no fluxo de pessoas nos próximos anos, principalmente na região da Itaipu Binacional, onde ficará a sede da Unila e já funciona a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). A longo prazo, a previsão é de que Unila terá 10 mil alunos.

O metrô de superfície já existe em várias cidades do mundo e circula em municípios do Nordeste brasileiro com diesel e biodiesel. Ainda não há nenhum fabricante nacional com a versão elétrica.

A proposta da prefeitura é aproveitar o know how da Itaipu Binacional para implantar um ramal em Foz. A binacional já desenvolve veículos elétricos e tem projetos em execução na área do transporte individual e de cargas, incluindo o VLT elétrico e um avião de pequeno porte para dois passageiros. Entre os protótipos já desenvolvidos estão o Palio Weekend elétrico, o caminhão elétrico, o ônibus 100% elétrico, o ônibus híbrido a etanol e o novo Marruá elétrico.

O foco, segundo o chefe da Assessoria de Mobilidade Elétrica da Itaipu, Celso Novais, é desenvolver mobilidade sustentável, sem poluir o meio ambiente. Novais explica que o primeiro passo da binacional é oferecer tecnologia para uma empresa brasileira dominar o VLT elétrico. A segunda meta é criar um VLT sem catenária – cabo aéreo usado para a alimentação do veículo. O trem seria alimentado por bancos de baterias de sódio.

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