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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Em um evento realizado na Câmara Municipal nesta quinta-feira (24) para apresentar a proposta de reforma da Lei de Zoneamento encaminhada pela prefeitura ao Legislativo de Curitiba, os vereadores afirmaram que a análise do projeto ficará para 2017. O adiamento da tramitação foi um pedido feito pelo prefeito eleito Rafael Greca (PMN) já no dia seguinte ao anúncio de sua vitória nas eleições.

No dia 31 de outubro, Greca disse em entrevista à Rádio CBN que era importante que os vereadores não aprovassem a nova lei, para que ele pudesse participar da discussão. “Desconfio que entregaram a cidade a interesses imobiliários alheios à nossa história”, disse o prefeito eleito na época.

O adiamento foi confirmado pelo líder do atual prefeito, Paulo Salamuni (PV), pelo vice-líder, Jonny Stica (PDT), e pelo presidente da Comissão de Urbanismo, Obras Públicas e TI, Helio Wirbiski (PPS). Com isso, Greca deverá reenviar a matéria – adequando-a, caso julgue necessário, em 2017.

“É uma matéria bastante complexa. A Câmara, com sua vocação legislativa, ajudou a construir o novo Plano Diretor de Curitiba. Não seria crível querermos aprovar o Zoneamento a toque de caixa. Não queremos fazer nada correndo, porque não temos nada a esconder da sociedade”, declarou Salamuni. O vereador disse ainda que a decisão também “respeita a vontade das urnas”. “Ficaremos por aqui [no evento que apresentou, nesta tarde, a proposta protocolada pela atual gestão]. Serão muitas reuniões e audiências até a aprovação da lei”, afirmou.

O vice-prefeito eleito, Eduardo Pimentel (PSDB), acompanhou o evento desta quinta-feira. Ele agradeceu o “entendimento”, para que a proposta “tenha mais tempo de discussão”. “Reitero nosso compromisso que as discussões continuem no alto nível que sempre foram, a partir de janeiro”, declarou.

“Toda a prefeitura se envolveu na elaboração do projeto, também a sociedade civil organizada. A revisão da Lei de Zoneamento é a principal consequência do novo Plano Diretor. Emendas desta Casa, como dos polos de desenvolvimento, já vieram no texto. E assim como a participação popular no Plano Diretor foi referência no país, no Zoneamento não poderia ser diferente”, afirmou Jonny Stica, integrante da Comissão de Urbanismo e relator da lei aprovada em 2015.

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