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Nessa foto de 2012, as ruas de Aleppo ainda aparecem com sua estrutura geral mantida. As última imagens divulgadas da cidade, porém, mostram  não mais que um esqueleto de cidade. | phd/jh/PHILIPPE DESMAZES/AFP
Nessa foto de 2012, as ruas de Aleppo ainda aparecem com sua estrutura geral mantida. As última imagens divulgadas da cidade, porém, mostram não mais que um esqueleto de cidade.| Foto: phd/jh/PHILIPPE DESMAZES/AFP

O fim da brutal guerra civil na Síria ainda está longe. Os combatentes estão presos em uma batalha tão complexa quanto cruel. Mais de 250 mil sírios foram mortos nos últimos cinco anos, e praticamente metade dos cidadãos do país foi forçada a deixar seus lares. Alguns dos centros urbanos mais importantes do país foram devastados por bombardeios aéreos e batalhas terrestres. Enquanto diplomatas debatem de forma acalorada em Genebra sobre um ainda incipiente processo de paz iniciado pela Organização das Nações Unidas (ONU), outras organizações estão olhando para o enorme desafio de reconstrução de um país que foi partido ao meio. Ainda em 2014, um estudo da ONU sugeriu que levaria pelo menos três décadas para que a Síria se recupere.

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Já o Banco Mundial está tentando chegar aos números dessa destruição. Usando imagens de satélite de seis cidades sírias, a instituição está conseguindo identificar o estrago provocado nesses centros urbanos. Uma estimativa conservadora dessas perdas relativas somente à infraestrutura pública já chega a US$ 6 bilhões. “O Banco Mundial está usando métodos testados e comprovados e também outros ultra modernos para que a Síria esteja pronta para iniciar sua reconstrução assim que o conflito se acalmar”, declarou o diretor para o Oriente Médio do Banco Mundial, Ferid Belhaj. “A tecnologia nos permite traçar um plano realista e factível para atuar na Síria de um modo que nunca fizemos antes – antes que o conflito realmente chegue ao fim”. Esses planos terão de incluir um considerável esforço em habitação, um setor que foi literalmente reduzido a entulho.

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De acordo com o a análise das seis cidades pelo Banco Mundial, Aleppo, que já foi o centro metropolitano mais populoso da Síria e também sua capital financeira, concentra a maior parte da destruição.

O volume de estragos em Aleppo – verdadeiro campo de batalha entre as forças dos diferentes regimes, rebeldes, milícias curdas e exércitos do Estado Islâmico – dobrou nos últimos dois anos. E apesar da desesperança do atual momento, o Banco Mundial argumenta que diplomatas e autoridades em geral precisando começar a pensar além do jogo político.

“Síria seria um lugar muito melhor sem os terríveis prejuízos humanos e físicos provocados por esse conflito brutal”, ressaltou Belhaj. “Hoje, porém, antes mesmo da poeira baixar, um esforço de reconstrução precisa ser iniciado na região... para criar empregos e uma expansão econômica que vai ajudar, ainda que não completamente, a restaurar a esperança e abrir o caminho para o longo caminho para a reconciliação e paz no país.”

Tradução: Fabiane Ziolla Menezes
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