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O programa do governo estadual Estradas da Liberdade, que pretende criar rotas alternativas às rodovias pedagiadas no Paraná, receberá investimentos de R$ 200 milhões do governo nos próximos quatro anos. O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo governador Roberto Requião durante reunião da Escola de Governo.

O programa Estradas da Liberdade foi uma das promessas na última campanha do governador Requião, que no primeiro mandato havia assumido o compromisso de que "ou o pedágio baixa ou acaba".

Segundo informações do site oficial do governo do estado, pelo programa elaborado pela Secretaria e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o Paraná terá até o final de 2010 - fim do segundo mandato de Requião - pelo menos cinco grandes eixos rodoviários onde o motorista poderá trafegar sem a cobrança de pedágio.

"As obras vão ser realizadas no sentido de articular as rodovias estaduais e criar grandes eixos de desenvolvimento em todas as regiões do Paraná", afirmou Requião.

Para dar início ao programa, Requião autorizou a Secretaria dos Transportes a iniciar imediatamente a concorrência para as obras de recuperação de dois trechos de rodovias.

Investimentos

Na região Noroeste, ainda de acordo com o site, o governo do Paraná vai investir cerca de R$ 5,5 milhões na completa recuperação dos 28 quilômetros da PR-218 entre os municípios de Atalaia, Ângulo e Iguaraçu.

No Oeste, a recuperação ocorrerá em 18 quilômetros da PR-486 entre o rio Piquiri e Assis Chateaubriand. Nesse trecho serão investidos R$ 5,9 milhões.

O secretário dos Transportes, Rogério Tizzot, explicou que essas obras fazem parte de serviços melhorias que vão envolver todas as rotas alternativas.

"Os cinco grandes eixos"

O primeiro eixo vai ligar Curitiba à região de Londrina via Estrada do Cerne. "Essa rota seria uma alternativa para a rodovia do Café. Quando estiver concluída, vai evitar quatro praças de pedágio", detalhou Tizzot.

A segunda rota faz a conexão do Sudoeste do Paraná com a região Metropolitana de Curitiba. São mais de 500 quilômetros de extensão que desviam de mais quatro praças de pedágio. Tizzot explicou que o governo federal já possui a programação para recuperar a BR-476 entre Lapa e União da Vitória, que não é de responsabilidade do estado.

Para ligar as regiões Noroeste e Oeste sem o pagamento de pedágio, foi estabelecida uma rota entre Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu. "Com este caminho teremos a possibilidade de também evitar quatro praças", citou ainda Tizzot.

A quarta opção evita uma praça e faz a ligação entre Campo Mourão e Ponta Grossa através dos municípios de Reserva e Cândido de Abreu. "Apesar de ter apenas uma praça, é uma rota bastante importante por passar em uma região de baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). O aumento do fluxo de veículos vai naturalmente ajudar a desenvolver os municípios da região", analisou o secretário.

A viagem entre Paranavaí e Londrina em pouco tempo também poderá ser feita sem a cobrança do pedágio. O quinto eixo conecta as duas cidades por meio da rodovia entre Rolândia, Jaguapitã, Iguaraçu, Astorga e Atalaia. "Boa parte dos motoristas da região já utiliza esse trecho. Vamos agora executar obras para garantir mais segurança nas viagens", afirmou Tizzot.

Governo x pedágio na Justiça

O secretário dos Transportes, Rogério Tizzot, salientou que o governo do Paraná vai continuar com as ações na Justiça para reduzir as tarifas e até mesmo acabar com o atual sistema de pedágio.

O estado, de acordo com o site oficial do governo estadual, possui cerca de 44 ações na Justiça relacionadas ao pedágio. São processos contra os aumentos das tarifas, contra as alterações feitas nos contratos e contra o sistema em si.

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