A manutenção e a possível expansão da Área Calma em Curitiba parecem não ser consenso na gestão de Rafael Greca (PMN). O prefeito refutou as declarações do superintendente municipal de Trânsito, João Francisco dos Santos Neto, de que o projeto pode ser levado para outros pontos da capital. Em nota à Rádio CBN, Greca diz que Neto não tem autoridade para falar em seu nome e que ele ainda vai estudar mais sobre o tema antes de levantar essa possibilidade.
O posicionamento de Greca acontece após a Gazeta do Povo publicar reportagem nesta quinta-feira (19) em que Santos Neto cogita a possibilidade não só de manter, como de ampliar o Área Calma. “Pegamos estudos dos técnicos da antiga gestão porque estamos trabalhando há apenas 15 dias, em um período ainda de férias escolares. Mas a princípio acredito que a Área Calma melhorou bastante no que é o seu objetivo, que é a diminuição dos acidentes. Por isso, ela deve continuar do jeito que está e talvez até ser melhorada e ampliada. Os pedestres e ciclistas, que são mais vulneráveis, têm que ter prioridade no trânsito”, defendeu o superintendente na entrevista.
A divergência surge logo após a divulgação do balanço do primeiro ano da Área Calma feita pelo Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) nesta quinta-feira (19). Segundo os dados, as vias com limite de velocidade de 40 km/h tiveram uma queda de 33% no número de acidentes entre os meses de novembro de 2015 e outubro de 2016. Ao todo, foram 199 acidentes e 74 atropelamentos registrados. A medida também impulsionou o número de multas por excesso de velocidade em 31%.
A criação do perímetro na região central foi uma das bandeiras adotadas na campanha do ex-prefeito Gustavo Fruet durante as últimas eleições. Na época, Greca teceu elogios e críticas à medida, chegando a cogitar rever o limite para “garantir que haja circulação livre nas principais ruas e avenidas” da cidade. Segundo ele, a Área Calma não deveria deixar os motoristas nervosos.
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