• Carregando...

Cerca de 70 pessoas, entre elas políticos e representantes de organizações de direitos humanos, protestam em frente ao Hospital Central do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj), no centro da cidade. O grupo é contra a desocupação da unidade, que está sendo transferida para outro endereço para dar lugar ao Instituto Nacional do Câncer (INCA). O processo de transferência dos pacientes ocorre desde a madrugada deste domingo, e está quase concluído.

Policias do Batalhão de Choque chegaram a cercar o hospital por motivos de segurança, mas, por volta das 14 horas, apenas duas viaturas faziam a guarda na entrada do hospital. Os protestos ocorriam de forma pacífica.

Nesta semana, foi suspensa a liminar que autorizava a permanência dos internados no hospital para que o espaço fique livre para o Instituto Nacional de Câncer, feito pelo governo do Estado em 2008. Desde então, o cronograma de migração do serviço está sendo discutido.

De acordo com nota divulgada pela Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, para a migração, foi montada ação "envolvendo mais de 40 profissionais entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais equipe de humanização e bombeiros". Além disso, uma junta médica analisou prontuários, exames e o estado clínico de cada paciente para determinar a condição de transferência. Dos 12 leitos de UTI existentes na unidade, onze estavam ocupados.

Dez pacientes foram levados para os 24 novos leitos de UTI construídos no Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV) para este fim. O 11º paciente internado, com múltiplos enfartes e Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), não tinha condições de uma remoção segura e permaneceu na UTI do Hospital do Iaserj, informou a secretaria.

Um outro paciente que estava internado em leito comum da unidade foi avaliado pela junta médica como indicativo para UTI e também foi levado para o HEGV. A equipe do Getúlio Vargas recebeu todos os 11 pacientes, fez nova avaliação na chegada e concluiu que a transferência não alterou o quadro clínico dos pacientes.

Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde do Rio apontou dois motivos principais para a desocupação do Ieserj: "o aumento da demanda por tratamento de câncer à população do Rio de Janeiro e a consequente necessidade de ampliar a capacidade de atendimento do Inca"; e "o fato de desde 1999 o servidor do Estado do Rio de Janeiro não mais contribuir para a manutenção do Iaserj, levando a uma redução drástica de produtividade na unidade Central". O comunicado citou ainda que "a função do Estado é investir os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) na saúde coletiva e não exclusiva de grupos de profissionais".

Outros trinta e um pacientes de enfermaria e do pronto atendimento foram levados para cinco hospitais: Hospital Estadual Albert Scweitzer, Hospital Estadual Carlos Chagas, Hospital Estadual Eduardo Rabelo (Iaserj Campo Grande), Hospital Estadual Melchiades Calazans e Hospital São Francisco de Assis.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]