• Carregando...

O jovem Guilherme Koerich, de 18 anos, prestou um depoimento "detalhado" no fim da tarde desta segunda-feira (04) no 3º Distrito Policial (DP), em Curitiba, para o inquérito que investiga a acusação de que ele teria sido agredido por um porteiro do James Bar ao sair da casa noturna sem pagar toda a conta na noite do dia 6 de maio. No dia 12 de maio, o rapaz teve a a perna esquerda amputada em decorrência dos ferimentos. Foi a primeira vez que Guilherme falou oficialmente sobre o caso ao delegado responsável pela investigação, Rogério Martin de Castro. Porém, ele não quis revelar o que o garoto declarou.

"Posso dizer apenas que foi (um depoimento) bastante detalhado", informou Castro. Guilherme foi à delegacia de muletas e acompanhado do pai, Jonas Koerich, e não quis conversar com a imprensa. Toda a conversa entre o delegado e o rapaz foi assistida por dois advogados, um advogado do James Bar e outro que representa o porteiro envolvido.

Guilherme assinou um termo que permite ao delegado ter acesso aos prontuários e exames médicos. Todo o material será requisitado aos hospitais, que atenderam o rapaz, e enviado em seguida ao Instituto Médico Legal (IML). Os documentos devem ajudar a embasar o laudo de um médico perito sobre os ferimentos no garoto. "Queremos saber se o golpe, que eventualmente ele sofreu, foi determinante para causar a amputação do membro esquerdo", disse o delegado. O porteiro, que correu atrás de Guilherme logo que ele saiu da casa noturna, está indiciado por lesão corporal no inquérito do caso.

Ao todo 21 pessoas já foram ouvidas pela delegacia. Nesta semana, devem prestar depoimento ainda o socorristas do Siate e os policiais militares que atenderam a ocorrência. Porém, o delegado confirmou que a principal prova para o inquérito deve vir do laudo pericial do IML sobre os ferimentos.

O advogado de Guilherme, Samuel Rangel, disse que o escritório dele trabalha na tentativa de melhorar a qualidade do vídeo da câmera de segurança do James Bar. Segundo ele, é possível ver na imagem o porteiro chutando o rapaz. Já o advogado da casa noturna, Eduard Carvalho, voltou a defender a tese de que o bar não tem responsabilidade no caso. "A responsabilidade da empresa é a mesma de qualquer policial ao perseguir um ladrão: absolutamente nenhuma."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]