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Um homem de 22 anos confessou, em depoimento à polícia, que atirou contra Guilherme Henrique Dreer, de 21 anos, no estacionamento de uma casa noturna no bairro Uberaba, em Curitiba.O ataque ocorreu em 27 de janeiro, após uma briga entre dois grupos, que se iniciou dentro do estabelecimento, o Rancho Brasil. A vítima morreu no hospital seis dias depois.

O resultado das investigações foi divulgado pela Delegacia de Homicídios (DH), nesta segunda-feira (7). De acordo com a delegada responsável pelo caso, Aline Manzatto, o acusado se apresentou à polícia na sexta-feira (4), acompanhado do advogado e de outras três testemunhas de defesa (entre elas, o irmão do autor dos disparos). Aline informou que o rapaz foi indiciado por homicídio, mas vai responder pelo crime em liberdade, uma vez que não houve flagrante.

Segundo a delegada, as investigações apontaram que os grupos a que pertenciam a vítima e o autor do crime vinham se desentendendo há cerca de dois meses, por motivos passionais. No dia em que Dreer foi baleado, amigos dele teriam agredido uma jovem que estava com o grupo rival, que, por sua vez, teriam partido em defesa da amiga.

Durante a briga, os seguranças da casa noturna conseguiram retirar do estabelecimento, por uma saída de emergência, o grupo de amigos do autor dos tiros. A outra turma conseguiu sair pela porta da frente e, segundo a polícia, a confusão continuou no estacionamento. "Pelo que apuramos, Dreer ia em direção do acusado, quando este sacou uma pistola. A vítima tentou correr, mas foi atingida pelos disparos", disse Aline.

Em depoimento, o autor dos disparos disse que, no fim de novembro, havia sido atingido por dois tiros – no tórax e no ombro esquerdo – disparados por Dreer. Por isso, o rapaz teria decidido revidar, durante a briga no estacionamento da casa noturna. No local, foram encontrados cápsulas de pistola calibre 765, de uso restrito. Após cometer o crime, o acusado fugiu com o irmão, em um carro emprestado.

Na ocasião em que o crime ocorreu, o presidente da Associação dos Bares e Casas Noturnas de Curitiba (Abrabar), Fábio Aguayo, se pronunciou em nome do Rancho Brasil e criticou a falta de policiamento nas ruas. Também negou que o crime tivesse ocorrido no estacionamento da casa. "É muito fácil para a polícia dizer que a confusão começou dentro do bar. Tudo isso aconteceu do lado de fora, o que falta é policiamento nas ruas para evitar que situações como esta se repitam", disse.

Outros casos

Dois militares do exército foram mortos e um homem ficou gravemente ferido, após terem saído da mesma casa noturna no dia 2 de dezembro do ano passado. O carro em que eles estavam foi perseguido e atingido por cerca de 15 tiros. Os passageiros Abner Elias Cologe Taborda e Fernando Iskierski, ambos de 19 anos, morreram na hora com tiros na cabeça e pescoço. Segundo a delegada, por enquanto, está afastada a relação entre este crime e a morte de Dreer.

No dia 12 de dezembro de 2009, Alex Moura Vens, de 18 anos, morreu com um tiro na cabeça no estacionamento do Rancho Brasil por volta das 3 horas. O crime teria sido motivado por um desentendimento entre frequentadores do local.

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