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Os colégios federais – ligados ao Exército ou às universidades – correspondem a 77 das 100 melhores escolas públicas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014. A lista considera a média das provas objetivas – Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza. É possível verificar apenas a nota média em cada uma das quatro provas objetivas e da Redação. O governo federal não divulga a média geral do Enem por escola.

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No topo da lista, está o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), no câmpus de Vitória. Outras nove unidades da instituição capixaba, espalhadas pelo interior do estado, também aparecem no top 100. Os dados do Enem por escola foram divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável por aplicar a prova, e tabulados pela reportagem. Foram divulgados os resultados de 10.615 escolas, onde quase 1,296 milhão de estudantes fizeram a prova no ano passado.

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Todas as 23 escolas do top 100 que não pertencem à rede federal são paulistas: na maioria, escolas técnicas (Etecs) ou colégios de aplicação ligados a universidades estaduais. A exceção é um colégio técnico municipal, de Paulínia. A paulista melhor colocada foi a Escola Técnica Estadual de São Paulo (Etesp), na Luz, no centro da capital.

Dos 100 colégios públicos com melhor média nas provas objetivas no país, praticamente todos são de nível socioeconômico alto ou muito alto, de acordo com os parâmetros do próprio Inep. Apenas cinco unidades têm nível classificado como intermediário (médio alto) e uma não tem informações socioeconômicas cadastradas.

A escola pública de melhor desempenho na redação do Enem do ano passado foi o Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Pernambuco (UFPE). A unidade ficou em oitavo lugar. Outras três públicas – todas federais – aparecem no ranking das 100 melhores.

Reflexões

Segundo o Inep, os resultados do Enem auxiliam estudantes, pais, professores, diretores das escolas e gestores educacionais nas reflexões sobre o aprendizado dos estudantes no ensino médio, podendo servir como subsídio para o estabelecimento de estratégias em favor da melhoria da qualidade da educação. Quando disponibilizadas por escola, as notas médias possibilitam a análise pela comunidade escolar e pelas famílias, para que se percebam os avanços e desafios a serem enfrentados.

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Algumas escolas adotam a prática de trazer alunos de alto rendimento no 3.º do ensino médio somente para elevar seus resultados

Em cinco das dez melhores escolas no Enem 2014, menos de 20% dos alunos cursaram todo o ensino médio no mesmo colégio. Os dados mostram que várias unidades que alcançam boas posições no ranking não trabalham com os estudantes ao longo de toda a etapa. Algumas adotam a prática de trazer alunos de alto rendimento no 3.º do ensino médio somente para elevar seus resultados.

Esse cruzamento é possível por meio do novo indicador de permanência na divulgação dos resultados do Enem por escola, que mostra o número de participantes do exame que cursaram o ensino médio no mesmo colégio. As notas do desempenho por unidade foram divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), responsável pela realização da prova. O ranking das melhores é feito pela reportagem, com a média das provas objetivas – Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza.

“Essa informação (o indicador de permanência) é importante para que a sociedade conheça quais são as escolas que realmente ajudam seus alunos a melhorarem, que oferecem educação de qualidade durante todo o ensino médio, e quais são aquelas que, simplesmente, selecionam alguns para cursarem apenas o 3.º ano”, explicou o presidente do Inep, Chico Soares.

Outra mudança foi a inclusão das taxas de aprovação, reprovação e abandono escolar. O objetivo do Inep é contextualizar melhor os resultados e permitir comparações mais adequadas entre as notas das unidades. No ano passado, o instituto já havia acrescentado um indicador de nível socioeconômico e formação docente de cada colégio.

Comparar desempenhos de escolas com níveis socioeconômicos distintos, segundo Soares, leva a análises equivocadas. “As escolas de ensino médio brasileiras formam um conjunto muito heterogêneo, principalmente em relação às características socioeconômicas de seus estudantes e esses fatores precisam ser levados em consideração”, afirmou.

No total, 10.615 escolas do país tiveram seus resultados divulgados nesta quarta-feira. Quase 1,296 milhão de estudantes fizeram o exame de 2014 nessas unidades de ensino.

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