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Uma adolescente de 17 anos foi encontrada morta em um terreno baldio, no balneário de Santa Terezinha, em Pontal do Paraná, no litoral do estado, na quinta-feira (14). Segundo informações da Polícia Civil, a jovem foi asfixiada com um cordão, possivelmente retirado do casaco que ela vestia. O sepultamento foi realizado na tarde desta sexta-feira (15).

A vítima foi identificada como Emanuelle Jackowski. Ela cursava o 3º ano do ensino médio, no Instituto Federal do Paraná, em Paranaguá, também no litoral do estado. Segundo o delegado Messias Rosa, a garota saiu da escola por volta das 11h30 de quinta-feira e tomou um ônibus intermunicipal para voltar para casa. Emanuelle foi vista pela última vez após desembarcar em Pontal do Paraná por volta das 12h30 e se despedir de amigos.

Ainda na tarde de quinta-feira, familiares da garota acionaram a Polícia Militar (PM), comunicando o desaparecimento. A partir de então, policiais organizaram buscas, com a ajuda de moradores do bairro e amigos da menina. Por volta das 21 horas, o corpo de Emanuelle foi encontrado em um terreno baldio localizado a cerca de 300 metros da casa em que ela morava.

Segundo o capitão César Kamakawa, o corpo estava caído de bruços, vestia calça, blusa e um casaco. Com a chegada do Instituto de Criminalística (IC)constatou-se que a jovem sofreu asfixia mecânica. "Numa primeira análise, ela tinha um ferimento no rosto, dando a entender que foi vítima de um soco. Também havia uma marca no pescoço, provocada pelo cordão", disse o capitão.

Bilhete pode ajudar polícia a desvendar o crime

Próximo ao corpo, foi encontrado um bilhete manuscrito, que pode ajudar a polícia a elucidar o crime. Segundo o capitão Kamakawa, no pedaço de papel estava escrito: "Você pode trair uma amiga". O material foi encaminhado ao Instituto de Criminalística, onde será periciado.

Segundo o delegado Messias Rosa, a polícia trabalha com duas linhas de investigação: de crime sexual ou que o homicídio tenha motivação passional. Para as autoridades, o crime foi cometido por alguém que, de alguma maneira, era próximo de Emanuelle e que conhecia a rotina dela. A partir de agora, a Polícia Civil e Militar fazem um trabalho conjunto, a fim de solucionar o homicídio. "Temos trabalhado para juntar o máximo de informações para chegar à autoria deste crime", disse o capitão.

De acordo com informações repassadas pela polícia, a garota era filha de um policial militar e de uma enfermeira que trabalha em Paranaguá. Em depoimentos preliminares, os pais revelaram que Emanuelle tinha um comportamento considerado normal e que não tinha nenhum tipo de relacionamento suspeito. Sepultamento

O corpo de Emanuelle foi sepultado por volta das 17 horas desta sexta-feira, em um cemitério em Pontal do Paraná. Após passar por exames de necropsia, o cadáver foi liberado pouco depois das 15 horas. Bastante abalada, a família – principalmente a mãe da jovem – optou por um velório simples e rápido, seguido do sepultamento.

Outros casos

Esse foi o quarto caso registrado no litoral do estado, nos últimos três anos, de assassinatos de mulheres. Em 14 de abril, o corpo de Vânia Rodrigues França, de 29 anos, que estava desaparecida, foi encontrado em Guaratuba. Vania saiu de casa de bicicleta em 9 de abril e não foi mais vista pela família. O corpo foi encontrado próximo ao balneário Eliane, dentro de uma valeta e com sinais de violência, principalmente no rosto.

Outro caso semelhante é o de Laura Joice Antunes de Paula, esposa de um sargento da polícia militar . A jovem morava no município de Pontal do Paraná, litoral do estado, e foi encontrada morta em uma restinga. Havia sinais de violência em todo o corpo, principalmente na região da nuca.

Em junho de 2010, no balneário de Shangri-lá, em Pontal do Paraná, a psicóloga Telma Fontoura, sobrinha do ator Ary Fontoura, saiu para caminhar pelo balneário na tarde de domingo e não voltou.

Ela estava em férias na praia e os familiares registraram seu desaparecimento na mesma noite. O corpo foi encontrado enterrado na orla entre os balneários de Shangri-lá e Barrancos.Em novembro de 2011, Paulo Estevão de Lima, o Paulinho do Brejo, foi condenado pelo júri popular pela morte de Telma.

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