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Uma discussão na saída de uma casa noturna, na Avenida Batel, em Curitiba, na madrugada de sábado (23), acabou em lesão corporal de um dos frequentadores. O estudante Afonso Guimarães Rossi Arnaldi, 19 anos, teve diversas escoriações no rosto após tentar resolver uma confusão de amigos com os seguranças da casa. Ele alega que cinco funcionários o levaram para um canto e o submeteram a socos e pontapés. O sócio proprietário do Duc Club, Ygor Belmondo, afirmou que os fatos serão investigados. No sábado mesmo, o chefe da empresa terceirizada que faz a segurança do estabelecimento foi afastado até o fim das investigações.

Arnaldi conta que estava na casa noturna com um grupo de amigos e, na saída da festa, aberta ao público, um dos seguranças achou que uma das comandas não havia sido quitada. Para evitar a confusão, o estudante efetuou o pagamento. "Quando já estávamos saindo, outro segurança avisou que havia sido quebrada uma televisão e que o prejuízo precisava ser pago". Nesse momento, Arnaldi disse que funcionários do bar partiram para cima de um dos seus amigos, suspeito de ter quebrado o aparelho. "Pedi que parassem, mas cinco seguranças partiram para cima de mim".

Segundo ele, levaram-no para um canto e o agrediram. Lembrando outros casos recentes de agressões em casas noturnas, Arnaldi, que estuda nos Estados Unidos e está em férias no Brasil, não entende esse tipo de violência. "As casas noturnas vão continuar contratando pessoas que não sabem lidar com o público?", pergunta.

O sócio proprietário do Duc Club conta que a confusão começou após a quebra da televisão. No sábado, o pai do responsável pelo vandalismo esteve na casa noturna e comprovou, através das imagens das câmeras de segurança do local, a responsabilidade do filho e pagou o prejuízo. Quanto à agressão de Arnaldi, Belmondo o viu sangrando no estacionamento da casa noturna. "Estamos apurando os fatos porque nada justifica a existência de agressão, caso seja provada. Se for necessário trocar a segurança, o faremos."

O responsável pela empresa de segurança Huffoz, Acir José, conta que os três rapazes fugiram após um deles quebrar a televisão. Com isso, os seguranças foram atrás, trazendo-os para dentro do estabelecimento. "Um deles estava bastante exaltado, mas o segurança somente o conteve, sem o agredir. Na mobilização, o rapaz caiu no chão, ainda na rua, e se machucou". O próximo passo é averiguar as imagens e ouvir testemunhas. José afirma que a empresa é licenciada pela Polícia Federal.

Outro caso

Na madrugada do dia 6 de maio, o estudante Guilherme Carvalho Koerich, 18 anos, teria sido agredido por um funcionário do James Bar. Segundo informações da vítima, a violência ocorreu após ele informar que não tinha dinheiro suficiente para quitar a dívida do bar de R$ 60. Após sair do local sem pagar totalmente o valor, ele teria sido perseguido por um segurança que o espancou. Dez dias após, um funcionário, responsável pelo controle de entrada e saída dos clientes do estabelecimento, foi indiciado como suspeito pelas lesões corporais. Em decorrência dos ferimentos, Koerich teve a sua perna esquerda amputada.

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