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| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O juiz Marcos Josegrei da Silva acatou o pedido da Polícia Federal e do Ministério Público Federal e decidiu manter presas as servidoras Conceição Abadia de Abreu Mendonça e Tânia Márcia Catapan, suspeitas de comandarem um esquema que desviou R$ 7,3 milhões da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Elas estão na carceragem da Polícia Federal desde o dia 15 de fevereiro, quando foram detidas provisoriamente durante a Operação Research. Posteriormente a prisão provisória – de cinco dias – foi prorrogada por igual período e, nesta sexta-feira (24), foi convertida em preventiva, por tempo indeterminado.

A Justiça aceitou os argumentos da investigação de que, soltas, elas poderiam agir para ocultar provas. O despacho considera que elas “mentiram”, escondendo documentos durante a fase de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) e que poderiam tentar persuadir os demais envolvidos a mudarem suas versões sobre os depósitos de recursos que deveriam fomentar pesquisas.

Além disso, a decisão judicial levou em consideração que, até o momento, foi localizada apenas uma pequena fatia do que foi desviado. Dos R$ 7,3 milhões, foram bloqueados R$ 200 mil em contas bancárias e mais cinco veículos, avaliados em aproximadamente R$ 200 mil. Como a maior parte dos recursos ainda está “oculta”, a alegação dos investigadores é de que, livres, as duas funcionárias poderiam sumir com os rastros que levam ao dinheiro. Há também a suspeita de que valores desviados foram destinados à compra de joias e roupas, além do pagamento de serviços.

Foram bloqueados também os bens de mais nove servidores da UFPR, suspeitos de terem contribuído, no mínimo por omissão, para permitir que as fraudes acontecessem. Entre as pessoas com indisponibilidade do patrimônio estão a vice-reitora eleita da atual gestão, Graciela Bolzon, que assinou liberações de pagamentos à época em que ocupava cargo estratégico na pró-reitoria, e Edilson Sergio Silveira, ex-pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação.

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