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Confira o Indicador de Desenvolvimento dosMunicípios aqui no Paraná e no Brasil |
Confira o Indicador de Desenvolvimento dosMunicípios aqui no Paraná e no Brasil| Foto:

Resultado geral

As cidades de Trabiju, Cândido Rodrigues e Águas de São Pedro, localizadas no interior paulista, tiveram o melhor desempenho entre as cidades do Brasil, com ISDM de, respectivamente, 6,28; 6,27 e 6,27. Os municípios que apresentaram os maiores ISDMs estão todos localizados nas regiões Sul e Sudeste do país. Já os municípios com os menores resultados concentram-se, em sua grande maioria, no Norte e Nordeste. O município com o pior resultado do país foi Uiramutã, em Roraima, com ISDM de 0,55.

Lobato, no Noroeste do Paraná, é a quarta cidade brasileira mais desenvolvida socialmente, de acordo com o Indicador Social de Desenvolvimento dos Municípios (ISDM), divulgado ontem pela Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV). Com um índice de 6,22, o município de aproximadamente 4,4 mil habitantes apresentou o melhor desempenho do estado, superando, inclusive, as médias nacional e paranaense. Lobato obteve destaque no quesito "saúde e segurança", com nota 9,08. Este desempenho se refletiu nas taxas de mortalidade infantil e de homicídio, que são nulas na cidade.

O estudo da FGV é baseado em cinco dimensões: habitação, renda, trabalho, educação, saúde/segurança. O objetivo é analisar a situação de todos os 5.565 municípios do país. O indicador foi calculado a partir de dados do IBGE e Ministérios da Saúde e da Educação de 2010.

Segundo o prefeito Fábio Chicaroli (PR), o desempenho da cidade pode ser creditado aos investimentos em saneamento, saúde e educação. "Praticamente todas as casas têm saneamento básico. Além disso, aplicamos uma média de 20% do orçamento em saúde e 28% em educação", afirma. A legislação determina que sejam aplicados pelo menos 15% do orçamento em saúde e 25% em educação. O orçamento da prefeitura gira em torno de R$ 12 milhões por ano.

Paraná

O fato de Lobato ocupar a primeira posição do ranking estadual mostra como o desenvolvimento estadual vem se interiorizando. Das dez primeiras cidades colocadas, todas apresentaram evolução em relação ao levantamento de 2000, com exceção de Curitiba. Isso reflete, inclusive, na evolução do ISDM do Paraná. Se em 2000, o estado obteve uma nota 5,4, em 2010 o índice foi 5,51.

Para o economista Fran­­çois Bremaeker, muitas empresas estão buscando se instalar em cidades de menor porte. "As empresas estão seguindo para o interior por vários motivos, como terrenos e impostos mais em conta. Isso reflete em desenvolvimento em outros setores dos municípios", explica.

O Paraná obteve resultados superiores em relação à média do Brasil, que é 5,0, em todos os quesitos. Mas a área "saúde e segurança" teve o pior desempenho do estado, uma vez que ficou ligeiramente acima da índice nacional, obtendo 5,03. Isso porque em 2010 a taxa de homicídio a cada 100 mil habitantes foi de 33,5; enquanto a média brasileira foi de 27,1. Dos 399 municípios paranaenses, 58% apresentaram performance acima da média nacional em 2010.

Desempenho

Curitiba é a melhor capital do país, segundo o índice FGV

Curitiba foi classificada pelo Indicador Social de Desenvolvimento dos Municípios (ISDM), da FGV, como a capital mais desenvolvida do país. O município, que teve uma ligeira queda de 2000 para 2010 (nota 6,09 contra 6,05 agora), ficou à frente de Belo Horizonte (MG) por quatro décimos de diferença.

A capital paranaense apresentou um desempenho superior às médias nacional e estadual em todas as dimensões. Destaque para a variável "habitação", que conduziu a cidade à primeira posição no estado e à 17ª colocação no Brasil. Segundo o estudo, em Curitiba, o acesso a serviços de infraestrutura básica de coleta de lixo e esgotamento sanitário do tipo rede geral de esgoto ou pluvial aproximou-se dos 99,9% e 91,9% da população, respectivamente; enquanto, no Brasil, essas proporções foram de 85,4% e 53,4%. Em relação ao recolhimento de lixo, apenas 15 municípios brasileiros apresentaram, em 2010, desempenho superior ao de Curitiba.

O pior quadro foi na dimensão "saúde e segurança", uma vez que 40% dos municípios brasileiros e 44% dos municípios paranaenses ficaram à frente de Curitiba. Isso se deve a alta taxa de homicídios da cidade – 43,6 mortes a cada 100 mil habitantes – contra uma taxa de 33,5 no Paraná e de 27,1 no Brasil.

No ranking geral, Curitiba ocupa a 2ª posição dentro do estado e a 52ª no Brasil – apenas 0,9% dos municípios brasileiros tem um desempenho superior.

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