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| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Um grupo liderado pela União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes) atravessou o calçadão da Rua XV de Novembro em protesto contra o aumento da tarifa do transporte público em Curitiba na tarde desta sexta-feira (22). Cerca de 50 pessoas participaram da manifestação, que começou por volta das 18 horas, na Boca Maldita, e encerrou cerca de uma hora depois, na Praça Santos Andrade, de acordo com estimativa da Gazeta do Povo. Na praça, trabalhadores de outra categoria “deram volume”, visualmente, ao movimento dos estudantes.

O ato começou com gritos de palavra de ordem a distribuição de panfletos à população. Durante a travessia do calçadão, o grupo foi acompanhado de quatro viaturas da Guarda Municipal. Por cerca de cinco minutos, houve o bloqueio, por parte dos manifestantes, da esquina da XV com a Rua João Negrão.

SLIDESHOW: Veja fotos da manifestação desta sexta-feira (22) em Curitiba

Estudantes acabaram encontrando vigilantes na Santos Andrade, que estavam reunidos na praça para uma assembleia sindicalHugo Harada/Gazeta do Povo

Às 19h, o grupo chegou à Praça Santos Andrade, onde acabou encontrando, de forma surpresa, 150 vigilantes, reunidos no local para uma assembleia sindical da categoria. Segundo Bruno Pacheco, presidente da União Paranaense dos Estudantes (Upe), a expectativa realmente não era de um público muito grande, mas de “levantar o debate da questão do transporte público”.

A comerciante Lúcia Kitani, que tem um quiosque no calçadão, se disse surpresa com o ato. Dona Lúcia afirmou que não sabia que havia um debate a respeito do aumento da passagem da ônibus na capital paranaense.

A bandeira do grupo é a luta contra os R$ 3,80, em referência ao novo valor da passagem que especialistas da prefeitura de Curitiba estudam implantar. O tema ganhou força depois que empresários solicitaram uma nova tarifa técnica a R$ 3,99. O valor foi revelado pelo presidente da Urbs, Roberto Gregório, em meio à primeira greve do transporte público municipal deste ano, entre os dias 12 e 14 de janeiro.

Presidente da Upes, Matheus dos Santos disse que a entidade defende que a Prefeitura de Curitiba deve romper os contratos com as empresas do transporte coletivo da cidade e defende que seja feita uma auditoria nos mesmos “para acabar com o monopólio”. A Upes, assessorada por advogados e outros especialistas, estaria montando um projeto de licitação, com a intenção de apresentá-lo tanto à prefeitura quanto ao governo do estado, responsável pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec).

Próximas manifestações

O movimento liderado pela Upes irá incorporar o ato já convocado pela Frente de Luta Pelo Transporte, marcado para a próxima quarta-feira (27). Na terça-feira (26) os grupos realizam uma “aula pública” sobre o transporte, às 17 horas. Nos dois dias, a concentração está marcada para a Estação Central, na Rua XV de Novembro.

Segurança

Os líderes do protesto se reuniram com a Polícia Militar (PM) , na manhã desta sexta-feira. Segundo a organização, houve a promessa de que a política garantiria a integridade física dos manifestantes. Em troca, o movimento garantiu um ato pacífico, sem depredação do patrimônio público ou particular. Aproximadamente quatro equipes em unidades móveis da Guarda Municipal e sete da PM foram contabilizadas pela reportagem no local.

Pagamentos dos trabalhadores

As empresas de ônibus de Curitiba afirmam que realizaram todo o pagamento do vale do mês de janeiro aos trabalhadores no fim da tarde desta sexta-feira (22), segundo informou o blog Caixa Zero, da Gazeta do Povo. O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), porém, informou, por volta das 19h20, que o dinheiro dos motoristas e cobradores da empresa Araucária Matriz ainda não estava na conta.

O que pode ter ocorrido, de acordo com o Sindimoc, é que o montante deve ter sido depositado nas contas, mas ainda não foi compensado pelos bancos. A confirmação do pagamento integral dessa empresa por parte da entidade que representa motoristas e cobradores só virá quando o dinheiro estiver na conta dos trabalhadores, segundo informou o sindicato.

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