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Alta insatisfação

O Procon Maringá também realizou em seu portal na internet uma pesquisa de opinião sobre a telefonia móvel na cidade. Com relação aos serviços de voz, mais de 71% dos consumidores responderam que "existe sinal mas as ligações são de baixa qualidade", ao passo que apenas pouco mais de 6% responderam que "existe sinal e as ligações são feitas normalmente".

Já para o serviço de dados, mais de 78% dos consumidores citaram que "existe sinal mas que a conexão cai ou é instável" como resposta, sendo que apenas 6,48% responderam "existe sinal e a conexão de dados é feita normalmente". Considerando a satisfação dos consumidores em relação aos serviços prestados, mais de 82% dos participantes da pesquisa consideraram o serviço péssimo ou ruim. Outros 84,3% afirmaram que a operadora não soluciona os problemas ou que às vezes resolve os problemas.

"Esse resultado indica o alto grau de insatisfação dos consumidores em relação aos serviços prestados", explicou Regiani, que encaminhará o levantamento para a CPI da Telefonia Móvel, aberta pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Em Maringá, o acesso à internet pelos telefones celulares atende o que foi estabelecido em contrato em apenas 18% do Município. É o que aponta o Mapeamento da Telefonia Móvel realizado pelo Procon e pela Celepar, divulgado na quarta-feira (27).

Para os testes de campo, a área urbana da cidade foi dividida em 119 regiões com um quilômetro quadrado cada. O estudo mostrou que em 11,9% desses quadrantes, as operadoras não atendem o contratado. Em 69,9% dos casos, sequer foi concluído o teste do Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Internet), que avalia quesitos como intensidade do sinal, velocidade de downloads e uploads e tempo de resposta.

Entre as quatro operadoras analisadas, a que apresentou melhor desempenho no teste de transmissão de dados foi a Vivo, que ainda assim, atendeu o que foi estabelecido em contrato em apenas 42% da área avaliada. Na sequência, aparecem Claro (19,33%), TIM (9,24%) e Oi (1,68%), que apresentou falhas de execução do teste em 94,1% da cidade.

"Com relação ao acesso de dados, nenhuma das operadoras cumpre o contrato com o consumidor. O melhor resultado foi o da Vivo, com apenas 42% de êxito nas conexões, um índice de aproveitamento muito baixo", avaliou o coordenador do Procon em Maringá, João Luiz Regiani.

Teste de Voz

Com relação aos serviços de voz, as operadoras foram bem avaliadas, exceto em algumas regiões da cidade. De maneira geral, o mapeamento indicou que em 90,7% de Maringá, as ligações são realizadas normalmente. Em 5,67% as chamadas apresentam baixa qualidade. As ligações não são realizadas em 3,15% da área urbana. Não há sinal em 0,42% dos setores pesquisados.

Entre as empresas, o melhor desempenho no teste de voz foi obtido pela Claro, que realiza ligações normalmente em 95,8% da cidade. Na sequência, aparecem Vivo (94,6%), Oi (91,6%) e TIM (80,6%). Os celulares da TIM apresentam chamadas de baixa qualidade em 14,2% da cidade. As ligações não são realizadas em outros 4,20% dos quadrantes pesquisados.

Outro lado

Em nota encaminhada para a imprensa, a assessoria da Claro informou que a operadora não vai se pronunciar sobre a pesquisa da Celepar e do Procon de Maringá por não ter conhecimento sobre os critérios utilizados na medição.

A operadora ressalta que possui o melhor desempenho no acesso a voz e dados no Município, segundo os indicadores da Anatel, com índice de 99,93% no indicador taxa de conexão de voz e de 99,75% no indicador de taxa de conexão de dados. "Pela quarta vez consecutiva, a Claro é a operadora com a melhor internet móvel banda larga do país, segundo o órgão regulador. A operadora bateu as metas de velocidade nos 10 estados avaliados, entre eles o Paraná."

Já a TIM informou que gostaria de ter acesso à pesquisa para se inteirar melhor dos dados e da metodologia aplicada antes de emitir comentários. A empresa também destacou que "tem planejado no seu orçamento de 2013 cinco novos sites que visam a melhoria da qualidade e cobertura no Município de Maringá, para os quais aguarda a expedição das licenças municipais para a o início das obras".

A reportagem também tentou contato com a assessoria da Oi no Paraná e com a Vivo, mas os responsáveis não foram localizados.

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