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A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) deverá se tornar responsável por 75% das emissões de gases poluentes na cidade do Rio quando estiver em plena operação - o que está previsto para ocorrer até 2016. A afirmação foi feita na segunda-feira por Emilio La Rovere, da Coppe/UFRJ, na Cúpula dos Prefeitos (C-40), evento paralelo à Rio+20. Segundo o pesquisador, quando estiver no auge de sua capacidade de produção, a siderúrgica vai poluir mais do que a soma dos dois maiores emissores de gases no município em 2005: a mobilidade urbana e o descarte de resíduos.

Questionado sobre o aumento das emissões da CSA e os problemas que isso poderia causar para a cidade alcançar as metas de redução de gases previstas para os próximos anos, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) deixou de lado a cordialidade com que sempre tratou grupos empresariais estrangeiros dispostos a investir na cidade.

Ele afirmou que jamais teria autorizado a instalação da siderúrgica - controlada pelo conglomerado alemão ThyssenKrupp - no Rio se a solicitação tivesse ocorrido na sua gestão. A CSA começou a ser construída em setembro de 2006, durante a administração de Cesar Maia.

"O que posso dizer é que se eu fosse prefeito na época, a CSA não teria recebido autorização para estar na minha cidade. Mas eles investiram, estão na cidade do Rio, e, portanto, cabe à prefeitura agora cumprir com o contrato e tentar minimizar os impactos da CSA", disse o prefeito, citando obras de ciclovias, saneamento e linhas exclusivas para ônibus articulados como exemplos de iniciativas para compensar as emissões da siderúrgica.

Por meio de nota da assessoria de imprensa, a CSA afirmou que produz aço com a menor emissão de CO2 no mundo, se comparada com as demais usinas em produção no planeta. Segundo o texto, a unidade instalada no Rio é a mais moderna em operação atualmente "graças à avançada tecnologia energética empregada". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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