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Representantes do setor financeiro firmaram neste sábado (16), na Rio+20, um compromisso de longo prazo para integrar critérios do capital natural (ativos como água, ar e solo) a seus produtos e serviços. A Declaração do Capital Natural foi assinada por 37 CEOs de bancos, fundos de investimento e seguradoras de 13 países. Do Brasil, assinaram Caixa Econômica Federal, Instituto Infraero de Seguridade Social (Infraprev) e Mongeral.

A iniciativa é coordenada pelo Programa das Nações para o Meio Ambiente - Iniciativa Financeira, em parceria com a Global Canopy Programme (GCP) e o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-EAESP.

A partir da assinatura da declaração haverá reuniões sistemáticas entre os executivos. Um dos principais desafios é chegar a uma metodologia padrão para incorporar os ativos ambientais à contabilidade das companhias, o que inclui o impacto gerado por suas atividades ao meio ambiente.

O setor financeiro sugere no documento a participação governamental nesse processo criando, por exemplo, incentivos fiscais à valoração do capital natural e prestando contas sobre a contabilização no uso do capital natural ao divulgar os gastos públicos.

Segundo o diretor-superintendente da Infraprev, Carlos Frederico Duque, há uma preocupação dos fundos de pensão com os recursos naturais do País, que tem relação direta com seu objetivo de lucratividade de longo prazo.

"O atual modelo de exploração dos recursos não é sustentável e não trará retorno no longo prazo. Nosso desafio é elevar investimentos em áreas que possam maximizar o retorno sem impactar tanto o meio ambiente", diz Duque. Para o executivo, os fundos têm o papel crucial de sensibilizar investidores e as empresas em que detêm participação sobre a importância de medidas que apontem o "risco ambiental" de cada companhia e apontem como melhorar seu processo produtivo.

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