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No evento de premiação do Concurso Cultural Ler e Pensar 2014, no Teatro Guaíra, representantes da Escola Municipal Rui Valdir Pereira Kern, de Quatro Barras, ouviram com entusiasmo o nome da instituição quando os vencedores da categoria Mobilização foram anunciados.

A escola levou o reconhecimento, graças ao trabalho feito em 2014. Quase 300 alunos e duas dezenas de professores se envolveram nas atividades. Com o mote “Lugar de ler jornal é na sala de aula”, a proposta promoveu ações que possibilitaram aos alunos desde compreender a estrutura do periódico, os gêneros textuais e as seções que o compõe, até desenvolver cidadania e senso crítico para diferenciar linhas editoriais de diferentes publicações.

Conteúdos da grade curricular também foram trabalhados pelos educadores com dinamismo e criatividade. Um exemplo foi quando viram a chamada na Gazeta do Povo sobre um espetáculo de Tango que aconteceria na cidade. A partir da informação, os estudantes trabalharam Geografia, compreendendo a localização de Buenos Aires, e conheceram mais sobre a cultura e os hábitos argentinos.

Inclusão

Participaram das atividades crianças de cinco a onze anos das turmas regulares mantidas pela escola. Cada professor adaptou-as de acordo com a faixa etária dos alunos, mas as maiores surpresas vieram de educadoras das turmas especiais. Duas são dedicadas a pessoas cegas ou de baixa visão e uma aos surdos.

Gleice Lara Esperanceta dá aulas ao segundo grupo. Ela já foi reconhecida por dois anos na categoria Prática Pedagógica e ano passado contribuiu com a vitória da escola ao explorar fotos e reportagens do caderno de Agronegócio do jornal para falar de alimentação. Por meio das matérias, lidas e traduzidas à turma em libras, explicou as etapas percorridas pelos alimentos até a chegada aos supermercados. Visitas a comércios e plantações de agricultura familiar do município também foram feitas. “Divido meu trabalho em antes e depois do jornal. Os alunos entenderam que a leitura pode fazer parte da vida deles e passaram a se comunicar e escrever muito melhor”, conta.

Valderez Palma Costa também aproveitou o jornal nas aulas com alunos cegos ou de baixa visão. “Lembro uma reportagem sobre um torneio de aviões de papel que aconteceria em Curitiba. Eles se entusiasmaram tanto, que produziram alguns e se divertiram bastante”, conta.

A escola também desenvolveu um periódico feito pelos alunos, com a contribuição deles adaptou caixas de verdura que ganharam rodinhas e visitaram todas as salas diariamente com a edição do dia da Gazeta do Povo e disponibilizou as edições aos pais durante o tempo em que aguardavam para receber o leite, distribuído pelo governo e disponível para retirada na escola.

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