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Na Barreirinha, postes caíram e moradores ficaram sem energia elétrica e sinal de celular. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Na Barreirinha, postes caíram e moradores ficaram sem energia elétrica e sinal de celular.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Moradores de Curitiba e região – em especial dos bairros Ahú, Barreirinha e Santa Cândida – tiveram uma manhã de quinta-feira complicada após o vendaval desta madrugada. A falta de energia elétrica e sinal de celular, o trânsito parcialmente bloqueado em algumas ruas importantes e os estragos causados pelas quedas de árvores foram alguns os principais transtornos.

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Segundo a Copel, quase um milhão de pessoas no Paraná tiveram o atendimento prejudicado. Ao todo, apenas na capital, foram 145 solicitações atendidas pela prefeitura de árvores caídas. Durante a madrugada, os ventos causados pela passagem da frente fria chegaram até uma velocidade de 107 km/h e causaram danos em 18 cidades do estado.

A proprietária da Mirra Manipulação, uma farmácia na Avenida Anita Garibaldi, no Ahú, passou a manhã no escuro sem saber o que fazer com os 40 pedidos de fórmulas que precisa entregar ainda nesta quinta. “Sem a balança eletrônica, não consigo fazer os medicamentos manipulados”, explica.

Naquela mesma rua, a empresária Margarida Maria de Araújo Moura corria para fazer funcionar um pequeno gerador e evitar a morte de dezenas de peixes no Pet Shop de sua propriedade. “É um equipamento de pequeno porte. A energia será suficiente apenas para os peixes”. Nos fundos do local, quatro cães aguardavam a volta da energia para serem tosados. Os proprietários já planejavam remanejar os animais e os tosadores para outro lugar, onde pudessem concluir o serviço.

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Na Barreinha, Dilmara de Cássio Alves apenas agradecia a Deus por não ter se ferido. Diversas árvores no terreno ao lado da casa dela caíram, destruindo parcialmente um muro e parte do telhado do vizinho. “Nunca tinha visto isso. Foi questão de segundos”. Tão assustado quanto estava o adolescente Marcelo Carvalho Weber. Ele saiu de casa, no Santa Cândida, e teve de caminhar por um quilômetro para conseguir sinal do celular e ter notícias da irmã. “Ela está bem. Mas minha casa está sem telhas e sem energia. Começou as três da manhã e não consegui dormir mais.”

Levando em consideração apenas a região de Curitiba, mais de 70 mil unidades consumidoras de Curitiba ficaram sem energia. Em Pinhais, a situação foi normalizada apenas por volta das 9 horas da manhã – seis horas após o vendaval. Muitos ficaram presos em condomínios cujo acesso se dá exclusivamente por portão eletrônico.

Semáforos

Em toda a cidade, desde cedo, dezenas de semáforos estavam desligados. Por volta das 7 horas, cruzamentos importantes da cidade – como o da Avenida Cândido de Abreu com a Rua Lysimaco Ferreira da Costa – ficaram com os semáforos desligados e sem agentes da Setran para orientar o trânsito. A prefeitura informou que deslocou suas equipes aos cruzamentos mais críticos. Em vias como a Rocha Pombo, por exemplo, havia agentes em três cruzamentos com semáforos desligados. Mas o mesmo não ocorreu na Anita Garibaldi, uma das regiões mais afetadas e na qual a reportagem presenciou cruzamentos sem qualquer controle do tráfego.

  • Postes caídos na rua Flávio Dalegrave, no Barreirinha, uma das regiões mais afetadas pelas chuvas da madrugada desta quinta-feira (27). Foto:
  • Os dois postes bloquearam parte da rua. Foto:
  • Também na rua Flávio Dalegrave, a residência do casal de idosos Onelson e Leonor Nóbrega teve o telhado inteiro arrancado pela ventania. Foto:
  • As telhas se espalharam pelos arredores da casa e da rua, formando pilhas de entulhos junto aos galhos de árvores. Foto:
  • Estragos no Parque Náutico do Iguaçu, próximo a divisa com São José dos Pinhais. Foto:
  • Nesta quinta-feira o parque receberia o Campeonato Brasileiro de Canoagem de Velocidade. Foto:
  • O evento teve a etapa de hoje cancelada devido aos danos à estrutura causados pelo temporal. Foto:
  • O vendaval da última madrugada arrancou parte do forro do Hospital do Rocio, em Campo Largo. Foto:
  • A tempestade deixou a estrutura metálica do teto do hospital a mostra . Foto:
  • Vento arrancou o telhado inteiro de uma marmoraria e jogou sobre duas casas vizinhas na rua travessa Iguaçu, em Campo Largo . Foto:
  • Na marmoraria funcionários improvisam lona para proteger os materiais. Foto:
  • Trajano Reis, entre a Inácio Lustosa e a Paula Gomes, é bloqueada para retirada de árvore que caiu com a força dos ventos. Foto:
  • Os ventos fortes derrubaram árvores na av. Anita Garibaldi, no Barreirinha. Foto:
  • O tráfego foi prejudicado pelo temporal, que começou por volta das 3h30 da manhã desta quinta-feira (27). Foto:
  • Placas também foram derrubadas pelo vendaval, que atingiu 59,76 km/h segundo o Simepar. Foto:
  • Já o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontou que os ventos atingiram 70 km/h. Foto:
  • Uma araucária caiu sobre o trilho do trem na Avenida Anita Garibaldi, no bairro Ahú. Uma locomotiva teve que aguardar a remoção da árvore e o trânsito foi interrompido. Foto:
  • De acordo com a prefeitura de Curitiba, até às 7h foram 31 solicitações no 156 com 23 árvores caídas em 18 bairros. Foto:
  • A tempestade foi provocada por uma frente fria que atingiu todo o estado. Na foto, árvore de grande porte caída na Av. Anita Garibaldi. Foto:
  • A tempestade provocou quedas de energia elétrica em várias regiões. Acima, bairro Barreirinha.Foto:
  • O meteorologista Samuel Braun, do Simepar, explica que ventos acima de 55 km/h são considerados fortes. Foto:
  • A tempestade também causou destelhamentos no Barreirinha. Foto:
  • De acordo com a prefeitura de Curitiba, até às 7h foram 31 solicitações no 156, com 23 árvores caídas em 18 bairros. Foto:
  • Placa caída na Av. Anita Garibaldi, uma das ruas mais afetadas pelo temporal. Foto:
  • O vento levou a bandeira do Brasil da frente do Palácio Iguaçu: só sobrou a do Paraná
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