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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A Vigilância Sanitária do Paraná determinou a interdição e inutilização de um lote de morangos vindos do município de Farroupilha, no Rio Grande do Sul. A orientação para quem adquiriu o produto é que suspenda o consumo imediatamente. Isso porque o laudo do Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) confirmou a presença de agrotóxicos proibidos no processo produtivo da fruta. Além disso, quatro lotes de geleia da marca Áurea foram reprovados em um teste realizado pelo Laboratório de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen-SC), o que levou a Anvisa a determinar, nesta segunda-feira (24), a proibição do comércio destes produtos.

Sobre o lote de morangos, a Vigilância do Paraná informou que a decisão vale para o lote 10/10/2016, produzido pela empresa Moroni Comércio de Frutas. O laudo do Lacen-PR apontou a presença de substâncias como Clorotalonil, Clotianidina e Piraclostobina - que podem ser prejudiciais à saúde humana. Procurada pela reportagem, a empresa disse que vai esclarecer os fatos por e-mail.

Segundo a Vigilância, foram analisadas amostras encontradas na unidade da Ceasa em Cascavel. Equipes do órgão de todo o estado já foram alertadas para reforçar a fiscalização no comércio.

Desde dezembro do ano passado, os morangos comercializados no Paraná são obrigados a apresentar rótulos com informações sobre a origem do produto. “Isso facilita a identificação da marca e do produtor neste tipo de situação. Este rótulo deve estar em local visível, na bandeja do morango, ou na gôndola do mercado, caso o produto seja vendido a granel”, alertou à Agência Estadual de Notícias o chefe do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Paulo Costa Santana.

O responsável pelos morangos, Adriano Moroni, informou que a empresa Moroni Comércio de Frutas tem laudos técnicos sobre os produtos utilizados no cultivo da fruta e o documento comprova “que nenhum dos três princípios ativos encontrados na análise estão em nossa relação de defensivos”. A nota diz ainda que, “como se trata de produção semi-hidropônica, cultivada em estufas, a demanda de defensivos é bem menor e adotamos pela produção integrada. Porém, estamos em uma região produtora de uvas, pêssego e caqui, confrontando assim com as estufas onde é cultivado o morango. Estamos a disposição para esclarecer qualquer dúvida do consumidor, inclusive para uma vistoria, se necessário for”, afirmou Moroni.

Geleias barradas

Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição do comércio de quatro lotes de geleia. Os alimentos, fabricados pela empresa Áurea Indústria e Comércio , apresentaram índices questionáveis de material de risco à saúde. A reportagem tentou contato com a Vigilância de SC para saber que tipo de substância foi detectada nos produtos, mas não havia retorno da assessoria de imprensa da pasta até as 11 horas.

Os lotes avaliados e barrados são: geleia de morango (lote não identificado, com fabricação em 01/12/2015 e validade em 01/12/2016); geleia de uva (lote 17:00 , com fabricação em 13/04/2016 e validade em 13/04/2017); geleia de goiaba (lote 05:32 , com fabricação em 10/02/2016 e validade em 10/12/2017); e geleia de goiaba (lote 12:31 , com fabricação em 13/04/2016 e validade em 13/04/2017).

Em nota, a empresa informou que todos os lotes já forma recolhidos e acrescentou que “adota um rigoroso controle de qualidade em todas as etapas de produção, desde a escolha de fornecedores, processo produtivo e distribuição final dos produtos. Cabe salientar que o ocorrido foi prontamente solucionado, não havendo nenhuma contraindicação ao consumo dos demais lotes comercializados”.

No doce de figo produzido pela empresa, foram encontrados pela Vigilância fungos, indicando falhas das Boas Práticas de Fabricação, conforme a legislação vigente.

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