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Motoristas do primeiro turno matutino da empresa Auto Viação São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), aprovaram indicativo de greve nesta terça-feira (14). A categoria diz que a medida foi tomada porque os trabalhadores estariam sendo obrigados a assinar um termo aditivo de contrato de trabalho que permite o exercício da dupla função. O projeto de lei que proíbe a prática de cobrança de passagens pelos motoristas foi aprovada pelos vereadores do município na semana passada. Contudo, a lei ainda não foi sancionada pela prefeitura, que tem até o próximo dia 28 para validar a nova norma.

De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e região metropolitana (Sindimoc), o documento da empresa garantiria aumento de 10% no salário sob a condição de que motoristas continuassem a dirigir o ônibus e cobrar passagens ao mesmo tempo. Funcionários que se recusam a aceitar a proposta estariam sendo retirados das escalas de trabalho. "É a condição deles [empresa], e estão meio que obrigando o pessoal a aceitar isto. Só que eles não concordam, tanto que estão aprovando indicativo de greve", declarou o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira.

O presidente informou que mais assembleias devem ser realizadas nesta terça-feira para comunicar a todos os motoristas da empresa. A última está prevista para ser realizada às 17 horas. Se a maioria dos trabalhadores aprovar o indicativo, o Ministério do Trabalho será comunicado e, possivelmente, a paralisação irá começar a partir da próxima segunda-feira (20). A decisão não impacta os serviços de transporte em outros locais da RMC.

A Auto Viação São José dos Pinhais é responsável pela operação de 41 linhas urbanas, que circulam apenas dentro dos limites do município, e por 15 linhas metropolitanas. Entre estas estão os ligeirinhos Aeroporto-Centro Cívico, Colombo-São José dos Pinhais, e Barreirinha-São José dos Pinhais. Com a primeira assembleia do dia, às 4 horas, alguns ônibus da empresa saíram atrasados das garagens.

Outro lado

O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região (Setransp) foi procurado pela reportagem para comentar os argumentos dos trabalhadores. Não havia retorno até às 9h30. Os responsáveis pela assessoria de imprensa da Urbs não foram localizados até o mesmo período.

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