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Dinheiro de volta

Não quer informar o CPF? Sua nota fiscal pode virar dinheiro para ONGs e entidades filantrópicas

Cerca de R$ 12,7 milhões já foram arrecadados para 877 ONGs cadastradas no sistema; saiba como doar

Hospital Pequeno Príncipe é uma das entidades beneficiadas pelas ONGs sem CPF | Antônio More /Gazeta do Povo/Arquivo
Hospital Pequeno Príncipe é uma das entidades beneficiadas pelas ONGs sem CPF (Foto: Antônio More /Gazeta do Povo/Arquivo)

Quem não quer informar o CPF na hora de fazer uma compra está abrindo mão de receber parte dos impostos de volta do governo do Paraná. Mas esse dinheiro pode ajudar as 877 entidades filantrópicas que atuam no estado e estão cadastradas no programa Nota Paraná. De acordo com os dados da Receita Estadual, R$ 12,7 milhões já foram arrecadadas por entidades que atuam em cinco áreas distintas: Assistência Social, Saúde, Defesa e Proteção Animal, Desportiva e Cultural. As notas sem CPF – que forem cadastradas em no máximo 30 dias após a compra – podem virar dinheiro para as ONGs e ajudar a custear projetos que, sem essas doações, dificilmente sairiam do papel.

De acordo com a coordenadora do programa Nota Paraná, Marta Gambini, as doações por meio das notas sem CPF têm sido um sucesso. “Além de evitar a sonegação fiscal, as entidades têm conseguido concretizar uma série de projetos com o dinheiro. É um sucesso”, afirmou.

Para participar da arrecadação, a entidade precisa estar cadastrada na Receita Estadual e sair em busca das notas sem CPF para conseguir as doações. Dessa forma, a Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro, mantenedora do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, conseguiu arrecadar R$ 441,1 mil em um ano, quando começou a coletar as notas sem CPF, sendo a campeã do estado em doações recebidas por meio da Nota Paraná. Desse total, R$ 67,5 mil foram conquistados em sorteios do programa.

Hoje, o Hospital mantém urnas em 150 estabelecimentos da capital em busca das notas. Ao longo de um ano, mais de 113 mil notas fiscais foram cadastradas pelos funcionários do Hospital, que mantém uma equipe de seis pessoas para cadastrar as notas no sistema e uma outra equipe faz a coleta das notas nos locais de 15 em 15 dias para que elas não percam a validade. De acordo com a vice-diretora de relações com investidores do Pequeno Príncipe, Renata Iorio, o dinheiro tem sido essencial para conseguir manter a entidade funcionando, já que 70% dos pacientes do hospital são atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “O hospital tem uma filosofia que todas as crianças devem ser atendidas com a mesma qualidade. Esse dinheiro da Nota Paraná tem ajudado no pagamento de medicamentos de alto custo, que o SUS não paga, além de manter toda a estrutura funcionando”, contou.

Ainda segundo Renata, a expectativa é ampliar ainda mais o valor arrecadado com as doações. “Uma nota sem CPF pode virar a realização de um projeto. Esperamos conseguir ampliar o número de notas cadastradas cada vez mais”, concluiu.

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