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A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) continua a procura de testemunhas e imagens de câmeras de segurança que possam auxiliar a desvendar o assassinato da professora de Geografia Priscila de Goes Pereira, de 38 anos, encontrada morta, com sete tiros, na manhã de segunda-feira, em um carro perto de uma estação de metrô, no bairro de Maria da Graça. De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Daniel Rosa, inspetores estiveram no local do crime na manhã desta terça-feira e concluíram que nenhuma das câmeras estava apontada para o local. Mas, segundo o delegado, a principal linha de investigação aponta para uma execução, uma vez que o criminoso conhecia a rotina da vítima, além de não ter roubado nenhum pertence da professora.

“Ele a atacou no momento em que ela se maquiava, no local onde ela sempre deixava o carro antes de pegar o metrô para ir ao trabalho. Foram sete tiros a queima roupa”, disse o delegado, esclarecendo também que familiares e amigos já prestaram depoimento, mas não souberam dizer se a professora tinha inimigos ou sofria ameaças.

Execução

Ainda ontem, a Polícia Civil informou que intimou para depôr uma nova testemunha que apareceu na manhã de terça-feira, e que pode ser uma peça chave no inquérito. Trata-se de um psicoterapeuta que atendia em seu consultório a vítima pelo menos uma vez por semana. Ao tomar conhecimento sobre a morte da paciente pelas redes sociais, ele fez uma postagem no perfil da mãe de Priscila, Cecília de Goes, informando que esteve com ela na última sexta-feira, e que a paciente relatou estar preocupada com ameaças no trabalho.

“Como isso? Estava bem! Estivemos em meu consultório na última sexta... O que foi? Meu Deus, ela alertava com os seus afrontamentos no trabalho quando ela primava pelo correto e contra a corrupção lá! Ela estava preocupada”, diz o psicoterapeuta na postagem.

Em contato com O GLOBO, o psicoterapeuta confirmou a informação postada pelo Facebook, mas disse que, por determinação da sua assessoria de imprensa e advogado, não poderia fornecer maiores detalhes sobre os relatos de Priscila por uma questão de ética profissional.

De acordo com professores e alunos da UFRJ que conviveram com Priscila, ela sempre foi uma excelente aluna e pesquisadora. A universidade informou que Priscila estava em fase de conclusão do doutorado e que não teve o conhecimento de que professora estivesse sofrendo qualquer tipo de ameaças.

O enterro de Priscila, que havia completado 38 anos no último dia 29, será realizado nesta quarta-feira, às 10h, no Memorial do Carmo, no Caju. De acordo com o irmão da vítima, Arcanjo Pereira, a família não conseguiu vaga no cemitério para enterrá-la ontem e, por isso, precisou adiar um dia o sepultamento da professora que era divorciada e deixa uma filha de 7 anos.

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