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Jorge Costa Filho afirma que ação da Polícia Militar tem sido enérgica nos casos de denúncias contra policiais | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Jorge Costa Filho afirma que ação da Polícia Militar tem sido enérgica nos casos de denúncias contra policiais| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

As denúncias contra policiais que exercem atividades paralelas são imediatamente apuradas, garante o chefe do Estado-Maior do Comando de Policiamento da Capital, tenente-coronel Jorge Costa Filho. Há 33 anos na Polícia Militar, Costa Filho defende a dedicação exclusiva como forma de melhorar a segurança.

Como são tratadas as denúncias contra policiais que atuam em atividades paralelas?

Assim que recebemos a denúncia, já passamos a fazer o monitoramento do policial para descobrir a atividade paralela. Uma vez descoberta, é aberto um processo. Esse policial, se culpado, pode ser expulso da polícia.

Como funcionam os processos contra os policiais nesses casos?

Não é um processo rápido, pois há contraditórios. Durante a apuração, a própria pessoa que contrata o serviço de segurança de um policial não admite, obviamente porque é parte interessada. Mas a ação tem sido enérgica por parte da Polícia Militar e cada caso de denúncia é fortemente apurado.

Que atividades são permitidas ao policial quando está fora do seu horário de serviço?

Para complementar sua renda, o policial pode, quando não está de serviço, trabalhar como professor. O policial não pode exercer uma atividade que entre em atrito com a sua atividade principal.

A contratação de policiais para segurança privada é ilegal, mas há diversos casos de comerciantes e moradores que não respeitam isso. Por que as pessoas não devem buscar esse tipo de serviço?

Se todos agirem corretamente, não haverá falta de segurança. O policial tem de estar 100% dedicado a toda a população. Nas horas de folga, ele deve descansar.

Como evitar que novos policiais entrem em atividades paralelas?

Já fazemos um trabalho de valorização dos policiais. Eles tiveram um reajuste recente nos salários, na classe de soldado, por exemplo, estamos em um patamar razoável. Mas, mais do que isso, trabalhamos pela valorização do homem, como profissional. O número de policiais que morrem em confrontos armados durante a atividade é baixo, pois eles têm um equipamento de defesa eficiente e a nossa estrutura faz com que, em serviço, ele tenha grande proteção. Na maior parte dos assassinatos de policiais, eles foram mortos enquanto estavam em atividades paralelas.

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