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Projeto prevê reforma de vias e calçadas por 1,8 Km ao longo da orla. | Antônio More/Gazeta do Povo
Projeto prevê reforma de vias e calçadas por 1,8 Km ao longo da orla.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Ainda não será neste feriado que os veranistas conhecerão a nova orla do balneário de Caiobá, em Matinhos, Litoral do Paraná. A autorização para o início das obras foi assinada pelo governador Beto Richa em janeiro, mas divergências entre o projeto aprovado e pareceres do patrimônio estadual praticamente paralisaram a reforma, que deveria estar nas etapas finais. Orçada em R$ 7,2 milhões, a revitalização é esperada há mais de uma década por visitantes e moradores, que reclamam da degradação das calçadas e dos acessos à praia.

Divergências

Veja quais adequações propostas pelo Patrimônio Cultural já foram atendidas pelos demais órgãos envolvidos no projeto e quais ainda estão em discussão:

Adequações atendidas

Reduzir área de pavimentação. Suprimir trechos a pavimentar sobre faixa de areia, restinga e dunas;

Não implantar paisagismo na faixa de areia;

Substituir as transposições em petit-pavé por passarelas elevadas de madeira;

Adotar uma única pista de circulação de veículos e faixa para estacionamento;

Adotar faixas de travessia elevada para pedestres;

Adotar piso tátil (acessibilidade).

Adequações em análise

Piso de petit-pavé deve adotar um único padrão gráfico: o já existente há 20 anos ou o novo padrão proposto no projeto;

Não plantar espécies exóticas, adotando espécie nativa. A espécie sugerida no projeto não é recomendada pelo relatório de impacto ambiental;

Suprimir os equipamentos existentes (quiosques) e retirar a previsão de construção de cinco novos equipamentos com 500 metros quadrados sobre a faixa de areia. A construção em cima da faixa de areia não é permitida por lei ambiental e interfere na paisagem tombada.

Fonte: Secretaria
de
Estado da Cultura do Paraná

O projeto prevê obras ao longo de 1,8 quilômetros da Avenida Atlântica, no trecho que vai do Morro do Boi até a Avenida Paraná. A revitalização inclui pavimentação de vias para veículos, construção de calçadas e implantação de uma ciclovia ao lado de uma pista de caminhada. Também estão previstas instalações de postes, quiosques, banheiros e pérgolas para descanso. Três secretarias estaduais estão envolvidas: Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Desenvolvimento Urbano e Cultura.

A previsão inicial era de que as obras, que começaram em março, terminassem em dezembro. Mas até agora apenas três quadras (cerca de 500 metros) passaram por reformas. O chefe de gabinete da prefeitura de Matinhos, David Antonio Pancotti, diz que o andamento foi prejudicado pela falta de entendimento com a Coordenação de Patrimônio Cultural, da Secretaria Estadual da Cultura. Como a paisagem da orla marítima de Matinhos é tombada, o órgão solicitou algumas adequações. As principais divergências estão relacionadas à construção de quiosques e ao plantio de palmeiras. “O órgão disse que as palmeiras não são árvores nativas e que os quiosques interferem na paisagem”, afirma Pancotti.

Outras alterações propostas pelo Patrimônio Cultural já foram aceitas pelos demais órgãos, como a adoção de uma única pista de circulação de veículos (em vez de duas, como determinava a proposta original) e a construção de passarelas elevadas de madeira para acesso à praia. “Estavam previstos acessos para a praia de paver e hoje estamos adequando para fazer decks elevados em madeira, para proteger a restinga que fica embaixo”, explica o coordenador de Recursos Hídricos da Sema, José Luiz Scroccaro.

Segundo a prefeitura de Matinhos, a expectativa é de que pelo menos a ciclovia, a pista de caminhada e o calçamento sejam concluídos até dezembro.

Contraponto

A Secretaria de Estado da Cultura afirma que a Coordenação de Patrimônio Cultural apresentou parecer técnico no dia 26 de agosto. Como parte do parecer foi contestada por Matinhos, o projeto foi encaminhado ao Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico, instância superior de tomada de decisões. Uma nova reunião deve ocorrer na próxima semana. Ainda de acordo com a secretaria, a solicitação de adequações não pode ser apontada como motivo para o atraso das obras, uma vez que os questionamentos se referem a questões pontuais previstas para o fim da revitalização.

Obras na BR-376 bloqueiam faixas

Os curitibanos que passarão o feriado prolongado da Independência e da Padroeira da cidade (7 e 8) nas praias de Santa Catarina vão encontrar três pontos em obras e com interferência sobre o tráfego, na BR-376 e na BR-101. No km 617,4 da BR-376, em São José dos Pinhais, obras de implantação de trevo em desnível bloqueiam uma faixa em ambos os sentidos (Sentido norte: tráfego flui por faixa 2 e 3. Sentido sul: tráfego flui por faixa 2 e acostamento).

No km 11 da BR-101, em Guaruva (SC) haverá desvio de tráfego da pista norte para sul entre os quilômetros 11,3 e 10,9, e restrição de velocidade do km 9,9 ao km 11,6. O motivo são obras de reforço e alargamento da ponte sobre o Rio Cupim. Já no km 182,6, em Biguaçu (SC), obras na ponte sobre o Rio Cachoeira bloqueiam uma faixa para o tráfego no sentido sul.

Movimento

Segundo a concessionária de pedágio Autopista Litoral Sul, que administra as rodovias BR-116 – Contorno Leste, BR-376 e BR-101/SC, os pontos em que haverá maior concentração de fluxo são: região metropolitana de Curitiba, no Contorno Leste (BR-116); entre São José dos Pinhais e Guaratuba – incluindo o trecho de serra na BR-376; a região do Morro dos Cavalos na BR-101 e os pontos próximos aos acessos às praias de Guaratuba, Itapoá, Barra Velha, Piçarras, Penha, Navegantes, Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Porto Belo, Palhoça e Florianópolis.

Cerca de 970 mil veículos devem circular pelo trecho sob concessão da Autopista nesses quatro dias – volume 25% maior do que o acumulado em dias normais. Os períodos de maior movimento devem acontecer na sexta-feira (4), entre 10 e 20h; no sábado (5), entre 6 e 17 h; e na segunda e terça-feira (7 e 8), das 9 às 19 h.

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