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Aedes aegypti, o vetor do zika vírus | Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo
Aedes aegypti, o vetor do zika vírus| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo

A epidemia de zika vírus, aparentemente benigna, mas suspeita de causar má formação congênita em fetos, “se propaga de maneira explosiva” no continente americano, alertou nesta quinta-feira a diretora global da Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciando uma reunião do comitê de emergência em 1º de fevereiro.

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“O vírus foi detectado ano passado na região das Américas, onde se propaga de maneira explosiva”, afirmou Margaret Chan,diretora-geral do órgão, durante uma reunião de informações para os Estados-membros da OMS em Genebra.

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“Atualmente, casos foram notificados em 23 países e territórios na região. O nível de alerta é extremamente alto”, acrescentou.

Frente a gravidade da situação, Chan decidiu convocar um comitê de emergência em 1º de fevereiro. Os especialistas vão decidir se a epidemia constitui “uma urgência de saúde pública de nível internacional”, informou a OMS em um comunicado.

A organização está particularmente preocupada com “uma potencial disseminação internacional”.

A OMS também teme uma “associação provável da infecção com má formação congênita e síndromes neurológicas”, mas também “pela falta de imunidade entre a população nas regiões infectadas” e a “falta de vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápidos”.

Segundo Chan, “a situação decorrente do El Nino (fenômeno climático particularmente poderoso desde 2015) deve fazer aumentar o número de mosquitos este ano”.

Como a dengue e o chikungunya, o zika, cujo nome vem de uma floresta de Uganda onde foi identificado pela primeira vez em 1947, é transmitido através da picada do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus (mosquito tigre).

Na América Latina, o país mais afetado pelo zika é o Brasil.

Apesar de a ligação causal direta entre o vírus e complicações - como microcefalia - ainda não ter sido estabelecida, a Colômbia, El Salvador, Equador, Brasil e Jamaica recomendam que as mulheres não engravidem neste momento.

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