A quarta-feira (7) amanheceu com menos ônibus em Curitiba, por conta de atraso no pagamento de funcionários. Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), funcionários da empresa São José Filial fizeram uma assembleia na madrugada desta quarta e aprovaram um indicativo de greve. Os motoristas e cobradores alegam que a empresa pagou apenas 60% dos salários dos trabalhadores.
O restante da remuneração de referência de novembro deveria ter sido pago até o quinto dia útil de dezembro, de acordo com o Sindimoc, mas até a meia-noite os trabalhadores não haviam recebido integralmente o valor devido. A empresa teria acordado informalmente o pagamento até o final desta quarta-feira (7).
“A empresa São José Filial atende principalmente o Hauer, o Uberaba e o Boqueirão, por isso do atraso em alguns ônibus. A viação não pagou integralmente o salário de novembro, somente cerca de 60%. E isso vem ocorrendo há um tempo, por três meses consecutivos. Por isso da revolta. A principal preocupação dos motoristas e cobradores é essa prática cair no comodismo.Apesar de desgastante, é uma pauta legítima”, afirma Anderson Teixeira, presidente do Sindimoc.
Os motoristas e cobradores da empresa aprovaram prazo legal de 72 horas para greve, que valerá para esse atraso, o do vale salarial do próximo dia 20/12 e da segunda parcela do 13° salário (que deve ser paga até 20/12, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho [CLT]).
A viação tem 117 linhas e atende regiões do Centro, Leste e Sul de Curitiba e também São José dos Pinhais. São 1.100 funcionários.
Nota da Auto Viação São José Filial
Sobre o não pagamento integral dos salários de novembro aos colaboradores, a Auto Viação São José Filial informa:
1) Houve uma pequena paralisação no fim da madrugada, mas o trabalho dos motoristas e cobradores voltou ao normal por volta das 6 horas;
2) A dificuldade de pagamento é resultado de uma projeção de passageiros que não se realiza na prática. Para calcular o valor da tarifa técnica, divide-se o custo total do sistema pelo número de passageiros projetado pela URBS. Isso quer dizer que, se a projeção não se verificar na prática, os custos do sistema não serão cobertos. Para se ter ideia, de março a novembro, a gestora do sistema projetou que 166 milhões de passageiros embarcariam nos ônibus. No entanto, a realidade foi outra: 155 milhões.
Diante disto, a Auto Viação São José Filial registrou um desequilíbrio econômico-financeiro durante o ano e só conseguiu pagar uma parte do salário dos colaboradores.
3) A situação deve ser normalizada nesta quarta-feira até o fim do dia.
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