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Marco Antônio Vieira Leal, 36 anos, autuado em flagrante pelo assassinato da filha mais nova, Vitoria Emanuelle Urch de Oliveira, de apenas dois anos, continua detido na delegacia de Piraquara e aguarda o fim do inquérito policial, cujo prazo é de dez dias, para ser encaminhado ao Complexo Penitenciário de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Por conta de ameaças à sua integridade física por parte de outros detentos, ele é mantido em cela isolada.

De acordo com o Delegado Guilherme Fagundes, responsável pelo caso, em seu depoimento, Leal alegou ter sofrido um surto psicótico em reação aos remédios de uso controlado que consome. Ele afirmou ainda sofrer de insônia e depressão. "Não sei o que aconteceu, Eu tive um surto por causa dos remédios. Não tinha planejado matar ninguém. Agora espero que a justiça seja feita comigo. Não sei o que mereço, pelo que fiz, merecia morrer", disse Leal em entrevista concedida à imprensa, feita sem a presença de seu advogado.

Ainda conforme Fagundes, o detido já recebeu visitas da mãe e da ex-mulher, que também prestaram depoimentos. Os dois filhos mais velhos de Leal, que estavam presentes no momento do crime, também devem falar à polícia nos próximos dias.

Ex-mulher havia registrado BO por ameaças

De acordo com informações divulgadas pela Delegacia de Piraquara, já pesava contra Leal um boletim de ocorrência registrado no dia 13 de outubro pela ex-mulher, no qual ela afirma ter sofrido ameaças dele. Segundo o documento, no dia 12 de outubro, Leal teria ligado para ela e dito que os três filhos do casal estavam mortos, depois, fez ameaças contra a vida da ex-companheira.

Apesar de ter feito queixa à polícia, explicou o delegado, a mulher não representou contra Leal e não procurou outros órgãos competentes, como o Conselho Tutelar ou a Vara da Infância. A guarda das três crianças era compartilhada entre pai e mãe, mas há muitos anos as crianças moravam e eram criadas pelos avós paternos.

O crime

Na terça-feira (28), Leal levou os três filhos, de dois, cinco e sete anos, até a zona rural de Roça Nova para tomar banho de cachoeira. Ao fim do passeio, por volta das 17 horas, ele disparou contra a filha caçula. O corpo da menina foi localizado em um matagal próximo ao túnel da linha férrea após denúncia feita pela avó paterna das crianças, que teria sentido falta da neta quando o filho retornou apenas com os netos mais velhos.

Policiais que faziam ronda no bairro Guarituba, em Piraquara, conseguiram deter o assassino, que confessou o crime e foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo torpe. No momento em que foi preso, Leal seguia para a casa de parentes da filha e estava com a arma usada para matar a criança amarrada na cintura.

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