A possível paralisação dos coletores de lixo e varredores de rua que atuam no serviço de limpeza urbana em Curitiba só será definida no início da manhã de segunda-feira (19), quando a categoria deve se reunir em assembleia para avaliar uma proposta de reajuste apresentada pela Cavo Gestão Ambiental, empresa terceirizada que há cinco anos é responsável pela coleta de lixo e limpeza das ruas da capital.
Uma nova rodada de negociações entre a empresa e o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco) foi feita na manhã desta sexta-feira (16), mas uma nova reunião deve ser realizada no período da tarde. "As negociações estão avançando, mas a proposta da empresa, por enquanto, permanece a mesma", disse o presidente do Siemaco, João Gerônimo.
A Cavo manteve a proposta de 6% de reajuste aos salários e aos vales alimentação e refeição. Os trabalhadores, que têm data-base em março, no entanto, reivindicam correções de 15% nos salários e nos vales. Nesta sexta, Gerônimo não quis comentar a proposta, mas na segunda-feira (12) ele considerava a oferta da empresa muito aquém do que a categoria espera. Na ocasião, o Siemaco comunicou oficialmente a Cavo que os trabalhadores estavam em estado de greve e que poderiam interromper as operações a partir do dia 19.
Como o serviço de limpeza urbana é considerado essencial, caso a paralisação seja efetivada, 30% do quadro deve continuar trabalhando. Com a greve, seriam elaboradas escalas de trabalho, entretanto, na avaliação do presidente do sindicato, este porcentual não é suficiente para manter os serviços, que devem ser comprometidos.
Cerca de dois mil trabalhadores vinculados a Cavo executam o serviço de limpeza urbana em Curitiba. O salário inicial de um coletor de lixo é de R$ 613, somado a um adicional de insalubridade de R$ 186 e a vales alimentação e refeição. Um varredor ganha R$ 595, mais insalubridade de R$ 93 e vales.
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