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O velório do corpo do brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, deve começar por volta das 3 horas da madrugada deste domingo (3) em Curitiba. A previsão é de que o corpo chegue à capital paranaense durante as primeiras horas da madrugada. O enterro está previsto para acontecer perto das 16 horas no cemitério Parque do Iguaçu. O cemitério informou ainda que a família pediu privacidade durante a cerimônia, que será restrita a amigos e familiares.

Gularte foi executado por fuzilamento na quarta-feira (29) na Indonésia, tarde de terça (28) no horário de Brasília. Ele havia sido condenado em 2005 à morte por tráfico de drogas depois de ter sido flagrado, um ano antes, com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe.

O brasileiro pediu, um dia antes de ser morto, para ser enterrado no Brasil. Portador de esquizofrenia, ele disse à prima, Angelita Muxfeldt, que, se fosse enterrado no Brasil, “ressuscitaria” depois de dez dias. Angelita chegou ao Brasil nesta sexta (1). Ela ficou os últimos três meses na Indonésia para tentar livrar o primo da execução. Um dos argumentos era o fato de Gularte ser doente. O governo da Indonésia ignorou os apelos.

Missa

Angelita participou de uma missa na quarta-feira (29), em Jacarta, em memória do brasileiro. A cerimônia religiosa ocorreu diante do corpo de Gularte, que estava em um caixão branco. Além da prima do brasileiro estavam presentes funcionários da embaixada do Brasil em Jacarta, entre eles Leonardo Monteiro, encarregado de negócios local. Ele foi responsável pelo reconhecimento do corpo do brasileiro após a execução.

Gularte foi acompanhado pelo padre Charles Burrows durante a execução. Além do brasileiro, foram executados dois australianos, quatro nigerianos e um indonésio. Os condenados se recusaram a usar vendas e cantaram músicas religiosas, incluindo o hino cristão inglês Amazing Grace, quando foram levados para o local da execução.

À meia-noite, horário marcado para a execução, um grupo de parentes e amigos também cantou hinos religiosos durante uma vigília no porto de Cilacap, ponto de saída para a prisão da ilha de Nusakambangan. Depois das execuções, familiares se abraçaram, aos prantos. Angelita também não conteve as lágrimas e teve de ser consolada por Burrows.

Gularte foi o segundo brasileiro executado no exterior em tempos de paz. Em janeiro deste ano, o traficante Marco Archer Cardoso Moreira, 53, também foi fuzilado nessa mesma ilha indonésia, a 400 km da capital Jacarta.

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