O empresário Alcides João Rochembach é considerado foragido pela Polícia Federal (PF). Ele é acusado de ter cometido nove crimes ambientais no Paraná e no Mato Grosso. O empresário não foi encontrado em sua casa em União da Vitória, na região Sul, mas familiares e o advogado foram informados do mandado de prisão. A suspeita é de que ele tenha fugido para a sua propriedade em Mato Grosso.
Rochembach é dono de uma madeireira na cidade de União da Vitória e também em Cuiabá, no Mato Grosso. Ele é um dos suspeitos de extrair, transportar e comercializar ilegalmente produtos florestais na Amazônia mato-grossense.
Além de Rochembach, a PF expediu outros 90 mandados de prisão nesta sexta-feira (21), na Operação Jurupari. Ao todo, já foram cumpridos 72 mandados de prisão. Entre eles, está o ex-secretario estadual do Meio Ambiente de Mato Grosso, Luis Henrique Daldegan.
A pedido da PF, a Justiça Federal em Mato Grosso também decretou o sequestro e indisponibilidade dos bens de todos os envolvidos, bem como o afastamento preventivo de todos os servidores indiciados. O valor mínimo dos danos ambientais causados pelos investigados, nestes últimos anos, somado, é de aproximadamente R$ 900 milhões.
Operação
Segundo a PF, a Operação Jurupari é fruto de cerca de dois anos de investigações. Além de madeireiros e proprietários rurais, entre os suspeitos estão engenheiros florestais e servidores públicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) que eram responsáveis por produzir e aprovar licenciamentos e planos de manejo florestal fraudulentos, necessários para legalização e comércio de madeira. Há irregularidades em pelo menos 68 empreendimentos e propriedades rurais
A corporação identificou os crimes de fraude na concessão de licenciamentos e autorização de desmatamentos; disponibilidade de créditos florestais fictícios, e que permitem o desmatamento e retirada ilegal de madeira de áreas não documentadas, especialmente de terras públicas e áreas protegidas; e transporte, processamento e comercialização destes produtos pelas serrarias e madeireiras, as quais recebem o produto "esquentado" com documentação fraudulenta.
Após interrogatório, os presos serão encaminhados ao sistema prisional e responderão pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, furto, grilagem de terras, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informática, além de diversos delitos previstos na Lei de Crimes Ambientais.
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