Um total de 3.022 pessoas foram mortas por policiais no Brasil em 2014 - um número superior a oito mortes por dia. Os dados estão sendo divulgados esta semana pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que quis avaliar, estado por estado, a violência de uma maneira geral, a violência cometida por policiais civis e militares, assim como a vitimização de policiais. Os dados são de 2013 e 2014.
Segundo os dados, policiais civis e militares mataram mais de três mil pessoas em todo o país em 2014, um aumento de 37,2% em relação a 2013. Apenas três estados, destaca o Fórum, conseguiram reduzir a letalidade policial neste período: Bahia, Mato Grosso do Sul e Pernambuco. A Bahia, no entanto, continua sendo o terceiro estado com maior número de pessoas mortas por policiais, 278 vítimas — atrás de São Paulo (965) e do Rio (584). As policias tanto de São Paulo quanto do Rio mataram mais em 2014 do que em 2013, informa o relatório.
Mortes em confrontos com a Polícia Militar crescem 24% no Paraná em 2014
“No entanto, digno de destaque é que o estado de São Paulo informa o número de pessoas mortas em decorrência de ações policiais em serviço e fora, enquanto que o estado do Rio de Janeiro, por exemplo, apenas informa as mortes por policiais em serviço”, diz a organização — salientando que vítimas de eventuais chacinas cometidas por policiais poderiam, portanto, estar incluídas nos dados de violência em São Paulo, e não nos do Rio, o que é alvo de crítica por parte do fórum.
O total de policiais mortos em serviço e fora dele por decorrência de seu trabalho também é elevado no Brasil. Em 2014, foram mortos 398 policiais, 10 a menos do que no ano anterior. O Rio de Janeiro, com 98 policiais mortos em 2014, foi o estado que registrou maior vitimização de policiais, seguido por São Paulo, com 91 mortos.
Na última segunda-feira (5), o Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou uma pesquisa encomendada ao Datafolha que mostrou que, nas grandes cidades brasileiras, metade da população acha que “bandido bom é bandido morto”.
O fórum divulgaria um anuário sobre violência na próxima quarta-feira (7), mas preferiu soltar os dados compilados aos poucos, ao longo da semana.
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