Em 2014, ano de Eleições para presidente da República, governador, senador e deputados estaduais e federais, três professoras do Colégio Madalena Sofia, em Curitiba, pensaram ser possível fazer com que crianças dos 4º e 5º anos vivessem a política e a experiência da democracia.
Mari Vanda Costa, Karyn Kanopa e Karine Chcrobut encontraram meios de tornar o assunto lúdico e construíram o projeto “Vamos Viver a Política!”. “Percebi que os alunos demonstravam interesse em saber mais sobre o que ouviam em casa, então, começamos a trabalhar diariamente as notícias da Gazeta sobre o tema”, conta Mari.
O primeiro passo foi compreender as funções dos poderes legislativo, executivo e judiciário e o caminho que um projeto percorre até ser incorporado à legislação de um país. Depois, foi hora de viver a lógica do sistema democrático, elaborando leis que pudessem ser aplicadas às suas vidas. “Inventamos situações imaginárias, mas relacionadas à realidade deles, como, por exemplo, que leis poderiam ser seguidas pelos brinquedos depois que as crianças dormem”, lembra a professora.
Juntos, imaginaram o lugar perfeito para crianças viverem – com todas as garantias capazes de fazê-las crescer e tornarem-se adultos felizes e realizados – e pensaram em regras para serem aplicadas à comunidade escolar. Ao fixarem as ideias em um mural, discutiram-nas com todos, trabalharam a divergência de opiniões e entenderam o conceito da democracia.
Por fim, as educadoras promoveram uma eleição, dividindo os alunos em partidos e definindo candidatos para diferentes cargos (foto). “Foi emocionante. As crianças se mobilizaram, fizeram hinos, criaram partidos, propostas, campanhas e, com isso, conseguimos envolver muito os pais”, comemora Mari.
O envolvimento da área de Tecnologia da Informação da escola também foi fundamental. O setor desenvolveu um programa de votação, numa lógica parecida com a de uma votação real, com urnas eletrônicas. Foi possível votar no laboratório de informática ou pelo modo tradicional, por meio de cédulas. Segundo Mari, depois do trabalho, os alunos começaram a gostar ainda mais de ler, sobretudo, conteúdos relacionados à política.
O projeto, que, na iniciativa piloto, envolveu diretamente 70 alunos e quase 300 membros da comunidade escolar, deu tão certo que vai se repetir neste e nos próximos anos, e a expectativa é muito em breve expandi-lo para toda a escola.
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