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Por diferença de um voto, os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram manter a greve da categoria. Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (4), no Teatro da Reitoria da instituição, 152 docentes votaram a favor de manter a paralisação e 151 pela volta ao trabalho. Um nova assembleia será realizada no dia 11 deste mês para analisar os rumos do movimento grevista.

MEC diz que dialoga com as categorias

No final do mês passado, o Ministério da Educação publicou no site da instituição um posicionamento sobre a greve nas universidades federais. “A greve dos servidores federais, iniciada em maio de 2015, preocupa muito o Ministério da Educação, principalmente por conta dos alunos que estão sem aulas”, diz o comunicado.

O MEC afirma nesta nota que sempre se colocou à disposição para dialogar com as entidades e instituições federais. “A primeira reunião sobre o assunto, com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), aconteceu em julho de 2014. De fevereiro de 2014 a agosto de 2015, representantes do ministério se reuniram com a entidade 23 vezes para tratar da agenda de reivindicações”, informou o Ministério.

Além da Fasubra, o MEC informou na oportunidade que também recebeu o Sindicato Nacional dos Docentes da Instituições de Ensino Superior (Andes) em quatro ocasiões de 2015, de março a julho, além de ter dialogado com a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) em oito reuniões neste ano.

O secretário geral da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR), Vilson da Mata, que integra o comando local de greve, explicou que o governo federal informou a categoria que no dia 11 uma nova proposta deve ser feita.

Ainda na sexta-feira (4), depois que a reportagem tinha falado com a APUFPR, o governo federal divulgou uma nova proposta de reajuste salarial para todos os servidores federais.

A APUFPR estima que entre 60 e 70% dos cursos de graduação da UFPR aderiram a greve. “Alguns setores pararam completamente, outros parcialmente”, comenta Mata. Ele diz ainda que o movimento tem o objetivo de lutar a favor da universidade. “Queremos negociações efetivas, que resultem em melhores condições de trabalho e que as assistências estudantis não sejam cortadas”, diz o secretário geral da entidade sindical.

Reivindicações

Os professores da UFPR aderiram à greve dos docentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), que atinge 40 instituições de ensino em todo o país, no dia 11 de agosto. As principais reivindicações dos docentes exigem a reversão nos cortes dos orçamentos e garantia de investimentos nas instituições federais de ensino. Segundo a APUFPR, as instituições sofrem com a redução no número de bolsas, paralisação de obras, cortes na pós-graduação, suspensão de programas e novos projetos. Os docentes também cobram do Ministério da Educação (MEC) compromissos para a reestruturação da carreira.

A categoria, juntamente com os servidores-técnicos,queriam reposição salarial de 27,3% em até dois anos.

Além dos professores, os servidores técnicos e alunos da UFPR estão em greve.

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