Empresa séria não bate de porta em porta para vender serviço de segurança. "Quem fizer isso deve ser denunciado à Polícia Federal", diz o presidente da Federação de Vigilantes do Paraná e do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região (Sindivigilantes), João Soares. Segundo ele, instalar o caos em determinada região para depois oferecer esses serviços é uma prática mais freqüente do que se imagina. A conclusão vem também de quem se dedica a pesquisar as causas e as conseqüências da criminalidade.
A pesquisadora Viviane de Oliveira, do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), diz acreditar que empresas clandestinas podem, sim, incitar arrombamentos e depredações para levar à contratação dos seus serviços. Os riscos são grandes. "Empresas clandestinas não têm critérios, contratam pessoas sem habilitação, sem curso de formação, não recolhem encargos sociais, não dão seguro de vida aos funcionários", diz o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp-PR), Jeferson Nazário.
Campanha
O Sindesp-PR chegou a lançar uma campanha contra a pirataria no setor. Ao pesquisar na Junta Comercial, encontrou 650 registros de empresas de segurança no estado, mas só 72 têm autorização da Policia Federal para atuar. Conforme levantamento do Sindesp-PR, até o dia 31 de julho foram recebidas 112 consultas por e-mail e telefone sobre empresas de segurança. São, em média, duas consultas por dia. Antes da campanha eram no máximo duas por semana.
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