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Carga de remédios irregulares é contrabandeada do Paraguai e seria vendida em Curitiba | Adriano Ribeiro / Gazeta do Povo
Carga de remédios irregulares é contrabandeada do Paraguai e seria vendida em Curitiba| Foto: Adriano Ribeiro / Gazeta do Povo
  • Remédios apreendidos foram avaliados em cerca de R$ 8 mil
  • Remédios específicos para aplicação em cachorros e cavalos também seriam vendidos
  • Receituários com carimbos médicos foram encontrados nas residências dos acusados

Uma quadrilha suspeita de envolvimento com a comercialização de medicamentos irregulares foi presa na manhã desta quarta-feira (28) em Curitiba. De acordo com o Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde (Nucrisa), os produtos são contrabandeados do Paraguai e não possuem registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, há a suspeita de que os remédios sejam falsos.

Oficiais do Nucrisa e do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prenderam cinco suspeitos de participação na atividade ilegal na capital paranaense e também em Almirante Tamandaré e Pinhais, na região metropolitana (RMC). Nas residências e em duas lojas de propriedade dos acusados foram encontrados anabolizantes, suplementos alimentares e remédios para emagrecimento. Ao todo, a carga foi avaliada em cerca de R$ 8 mil. Além dos medicamentos, diversos receituários com carimbos médicos também foram apreendidos. Apesar disso, o levantamento inicial das autoridades não aponta o envolvimento de médicos no crime.

A partir de uma denúncia anônima, a polícia começou a investigar o grupo há aproximadamente quatro meses. Descobriu-se que a suposta líder da quadrilha, Gislandia Bezerra, de 27 anos, viajava duas vezes por semana até o Paraguai para buscar os produtos irregulares. Juarez Gohenski, 41, e Jackson Oliveira Barros, 30, seriam os principais compradores desta mulher. Segundo a delegada Ana Cláudia Machado, do Nucrisa, Gohenski vendia os produtos em academias, enquanto que Barros comercializava o material em duas lojas que possui em shoppings de Curitiba. A mulher deste último rapaz, Karin Fuhrmann, 29, também foi presa. "Ela é nutricionista e costumava indicar aos pacientes os medicamentos da loja do marido", explica a delegada. Marino da Silva Filho, 39, suspeito de consumar diversas vendas dos produtos por telefone também foi detido. Nenhum dos suspeitos tem passagem anterior pela polícia.

Riscos para a saúde

Os medicamentos apreendidos sem o registro na Anvisa podem oferecer diversos riscos à saúde. "Muitos dos produtos que encontramos só podem ser vendidos com prescrição médica e existe também a suspeita de falsificação, ou seja, as reações causadas em possíveis consumidores podem ser muito prejudiciais", afirma Ana Paula. Entre o material apreendido estavam remédios específicos para aplicação em cachorros e cavalos.

Acusações

As cinco pessoas detidas foram autuadas em flagrante por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de materiais destinados a fins terapêuticos ou medicinais. Depois que a investigação for concluída, o grupo ainda pode responder por exercício ilegal da medicina e tráfico de drogas, já que alguns medicamentos podem causar dependência física. As duas mulheres presas foram levadas para o Centro de Triagem I, em Curitiba. Já os três homens foram encaminhados para o Centro de Triagem II, em Piraquara, na RMC.

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