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*****ATENÇÃO: Essa matéria foi publicada em 2007.*****

Uma dívida de R$ 9 mil que Priscila Belfort, irmã do lutador Vitor Belfort, tinha com um casal de traficantes do Morro da Mangueira teria sido a causa do seu desaparecimento, em janeiro de 2004, segundo Elaine Paiva da Silva, de 27 anos, que se entregou ao Ministério Público há três dias e confessou ter participado do assassinato da jovem .

Em depoimento, Elaine revelou que a ordem para o seqüestro teria partido de um bandido de Bangu I. Além disso, ela disse que outras oito pessoas estariam envolvidas. Ainda de acordo com a acusada, o seqüestro seria apenas uma "pressão psicológica" para o pagamento da dívida. Através de investigações, os policiais da 75ª DP (Rio D'Ouro) conseguiram prender nesta terça-feira mais quatro envolvidos no crime, entre eles uma outra mulher. Os outros envolvidos estão sendo procurados.

Segundo o delegado Anestor Magalhães, Elaine disse que participou da morte de Priscila também por dinheiro, já que precisava pagar uma dívida pessoal. Ela teria procurado a polícia porque foi ameaçada de morte duas vezes em casa e, por isso, resolveu ir até o Minsiterio Público. "Como a imprensa está dando muita conotação ao fato, Elaine, como é a 'boba da quadrilha', foi ameaçada de morte duas vezes em casa e por isso resolveu procurar o Ministério Público".

Uma equipe de policiais da 75ª DP (Rio D'Ouro) chefiada pelo delegado Anestor Magalhães, com auxílio de uma retroescavadeira, estão realizando escavações no sítio de número 1003 na Estrada de Ipiiba, em São Gonçalo, para tentar encontrar o corpo de Priscila Belfort. As buscas estão sendo feitas com ajuda de Elaine, que disse ter atirado na jovem.

Na noite de segunda-feira, quando se iniciaram as buscas ao corpo, o delegado encontrou no local uma sandália feminina e um pedaço de roupa que Elaine alega pertencerem à vítima. O policial espera chegar ao fim das investigações. "Se é verdade o que ela (Elaine) está falando, acredito que desta vez possamos encontrar os restos mortais de Priscila, poque o raio que nos deu é muito pequeno para fazer as escavações", declarou o delegado.

A mãe de Priscila Belfort, Jovita, está sob efeito de calmantes. Diante de mais uma notícia sobre a possível localização do corpo da jovem, a família faz uma corrente de orações. Os parentes só devem se pronunciar, porém, se os restos mortais de Priscila forem encontrados.Ordem partiu de Bangu I

Em entrevista à Rádio CBN na manhã desta quarta-feira, o delegado disse que, de acordo com o depoimento de Elaine, a ordem para o seqüestro partiu de um bandido - cuja identidade está sendo mantida em sigilo - de Bangu I. "Segundo a moça (Elaine) ela foi procurada por um bandido de Bangu I para realizar o seqüestro sob promessa de pagamento".

De acordo com o depoimento de Elaine, Priscila e o namorado deviam R$ 9 mil a um casal, que conhecida o traficante preso. Eles teriam pedido ao bandido para fazer uma "pressão" em Priscila para o pagamento da dívida. Ainda segundo Elaine, o primeiro contato do bandido com ela foi feito em outubro e a ação do seqüestro, que envolveu oito pessoas, aconteceu em janeiro.

Priscila teria passado por dois cativeiros e foi morta porque o casal que queria receber o pagamento teria desistido da cobrança. Foi quando o bandido de Bangu I disse para os seqüestradores que não haveria mais pagamento e eles poderiam fazer o que quisessem com a vítima. "Segundo Elaine, o pessoal do cativeiro ficou com medo porque ela (Priscila) viu o rosto de todo mundo. Foi aí que o tal do Adriano (outro envolvido no crime) resolveu matar Priscila", disse o delegado.

Em depoimento, Elaine contou que Priscila não queria que a família soubesse da sua dívida por causa de drogas. No entanto, a polícia vai investigar a fundo essa versão. "Isso é o que essa moça (Elaine) diz. Infelizmente, a Priscila, coitada, não está mais aqui para se defender. A palavra de uma pessoa envolvida com a marginalidade tem que ser muito bem apurada", disse Anestor.

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