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Histórico

Confira quais foram os principais destaques do movimento durante os 120 dias de paralisação:

17 maio: Início da greve dos professores das universidades federais em todo o país. No Paraná, docentes da UFPR e da UTFPR aderem ao movimento.

24 maio: Professores da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), de Foz do Iguaçu, também entram em greve.

4 junho: Docentes do câmpus Curitiba do Instituto Federal do Paraná (IFPR) aderem à paralisação.

15 junho: Os demais câmpus do IFPR aderem ao movimento.

29 junho: Em função da greve, os conselhos universitários da UFPR e da UTFPR suspendem o calendário letivo.

13 julho: O Ministério do Planejamento faz a primeira proposta aos professores: reajustes de 20% a 40% até março de 2015. A oferta é rejeitada.

24 julho: Data da segunda oferta do governo, com reajustes de 25% a 40%. A proposta é rejeitada novamente.

1.º agosto: A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) aceita a proposta do governo e opta pelo fim da greve em oito instituições, entre elas o IFPR. Já o Andes, que representa um número maior de profissionais, não concorda. O governo dá por encerradas as negociações.

2 agosto: Os professores da Associação dos Docentes da Unila, que não são vinculados a nenhum sindicato nacional, decidem em assembleia que continuam em greve por tempo indeterminado.

13 agosto: Os docentes de dez dos 14 câmpus do IFPR retornam às aulas.

23 e 24 agosto: O Andes protocola na Presidência da República e nos Ministérios do Planejamento e da Educação uma contraproposta.

27 agosto: Governo reafirma ter encerrado as negociações.

12 setembro: MPF anuncia que ajuizará ação contra a UFPR, o Andes e o Apufpr pedindo para para que as aulas dos dois últimos períodos de todos os cursos sejam retomadas.

13 setembro: Professores da UFPR e da UTFPR decidem pelo fim da greve. Na UFPR, a suspensão da paralisação é marcada para 17 de setembro. Na UTFPR, para o dia 24, dependendo da decisão nacional do Andes.

Os professores da Uni­ver­­sidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram ontem suspender a partir da próxima segunda-feira (17 de setembro) a greve da categoria iniciada há quatro meses – a mais longa da história das universidades federais. O retorno às aulas depende agora do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da instituição, que se reunirá na segunda para redefinir o calendário com a data de retorno às aulas. De acordo com o reitor da instituição, Zaki Akel Sobrinho, as aulas poderiam recomeçar já na terça-feira, mas é preciso esperar a discussão do Cepe.

Mais de 400 docentes participaram da assembleia sindical no Teatro da Reitoria, em Curitiba, e a maioria deles votou pelo fim da paralisação. O sindicato dos docentes da instituição, o Apufpr, atribuiu o resultado a um "movimento nacional de suspensão da greve".

Nas últimas assembleias da categoria, no entanto, vários docentes demonstraram descontentamento com a forma como o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) tem conduzido a mobilização no país e um grupo de professores organizou um abaixo-assinado pedindo o retorno às aulas. Além disso, na manhã de ontem, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública contra a UFPR, o Andes e o Apufpr para que as aulas dos dois últimos períodos de todos os cursos oferecidos fossem retomadas, sob pena de multa diária de R$ 5 mil para cada réu em caso de descumprimento.

O Apufpr não descarta uma possível retomada da paralisação em um futuro próximo, ainda que, neste caso, tenha de passar por todos os mecanismos jurídicos previstos para deflagrar outra greve. "A votação foi majoritária pela suspensão, mas não pelo fim da mobilização", afirmou Luís Allan Künzle, presidente do sindicato.

Retorno

Segundo Akel Sobrinho, o Cepe terá de estudar uma fórmula que atenda à diversidade de circunstâncias dentro da instituição. "Alguns setores pararam totalmente desde o início do movimento, outros parcialmente e outros até terminaram o semestre letivo", afirma. Entre as aulas que continuaram normalmente, em regime de excepcionalidade, estão as referentes aos últimos períodos do curso de Medicina e as de alguns cursos do câmpus localizado no Litoral do estado.

O presidente da Apufpr afirmou ontem que a categoria vai esperar a deliberação do Cepe sobre a retomada das atividades e que enviará ao órgão um conjunto de reivindicações. "Pedimos respeito às férias de janeiro, às especificidades de circunstâncias de alguns locais, como Palotina e o Litoral, e que nenhum docente que tenha entrado em greve seja penalizado", listou.

Indefinição

Professores da UTFPR esperam decisão do sindicato nacional

Os professores de cinco câmpus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) decidiram ontem terminar a paralisação, mas apenas se o Comando Nacional de Greve indicar pela volta às aulas. Nesse caso, os docentes definiram o indicativo de retorno para 24 de setembro.

No total, foram três votações. Na primeira, decidiu-se sobre o fim da greve. Nesta rodada, 58 docentes votaram por encerrar a paralisação, 36 queriam continuar em greve e 11 se abstiveram. No segundo pleito, os professores decidiram se sairiam da greve de forma independente ou se esperariam uma indicação do Andes, sindicato nacional da categoria. A maioria dos docentes optou por acompanhar a decisão do sindicato. Por último, definiu-se a data de retorno das aulas. Assembleias locais dos outros seis câmpus da UTFPR já tinham deliberado pelo retorno das aulas.

Para não impedir a retomada das aulas, o reitor da UTFPR e presidente do Conselho Universitário (Couni), Carlos Eduardo Cantarelli, aprovou o reinício das aulas usando o mecanismo jurídico "ad referendum", ou seja, com a promessa de que essa decisão será apreciada e votada pelo Couni em sua próxima reunião.

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