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Professores da UFPR decidem não entrar em greve. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Professores da UFPR decidem não entrar em greve.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) rejeitaram em assembleia nesta segunda-feira (25) entrar em greve nesta semana. Na UFPR, havia um indicativo de início de greve no próximo dia 28 de maio, mas os docentes afastaram a possibilidade, em um primeiro momento, de cruzar os braços. Já os professores da UTFPR resolveram que é melhor aprofundar os debates com a base antes de decidir sobre uma futura greve, daqui a duas semanas.

Nas duas universidades, foi aprovado um dia de mobilização nesta sexta-feira (29). Neste dia, as atividades das instituições ficarão paralisadas. Edson Fagundes, presidente do Sindicato dos Docentes da UTFPR (Sindutf-pr), explica que o movimento é necessário para alertar sobre os problemas que vêm sendo enfrentados pelas universidades federais no país. “Vamos fazer um debate para levar o conhecimento a situação enfrentada pelas instituições para podermos avaliar de maneira mais ampla a possibilidade de entrarmos em greve.”

Técnicos administrativos das federais no PR iniciam greve no dia 29

Os servidores técnicos das instituições de ensino superior federais paranaenses aprovaram no dia 20 de maio uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 29 de maio. A informação é do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest). São representados pela entidade sindical as seguintes universidades: UFPR, UTFPR, IFPR e Universidade da Integração Latino Americana (Unila). As principais reivindicações estão em torno de um reajuste linear de 27,3%, e o estabelecimento de data-base para 1º de maio. A próxima assembleia da categoria está prevista para ocorrer no primeiro dia da greve, dia 29 de maio, às 7h30, na sede do sindicato em Curitiba.

Reivindicações

Assim como outras instituições federais de ensino superior, a pauta das universidades federais em Curitiba tem duas frentes de reclamações. Na pauta emergencial está a reversão dos cortes no orçamento da Educação e a ampliação de investimento nas universidades federais. Na última semana, o governo federal anunciou o maior corte de orçamento da história para conseguir cumprir metas econômicas. Com isso, o Ministério da Educação – responsável também pelas universidades federais – deve perder R$ 600 milhões por mês. A pasta foi a mais afetada pelo contingenciamento.

As outras pautas a serem negociadas com o governo são: defesa do caráter público da universidade, melhora nas condições de trabalho, garantia da autonomia universitária, reestruturação da carreira, valorização salarial de ativos e aposentados, pauta emergencial, reversão dos cortes no orçamento da Educação e ampliação de investimento nas universidades federais.

O Ministério da Educação (MEC) defendeu em nota que não houve diminuição nos repasses para as universidades federais. “Nos dois primeiros meses desse ano, o MEC repassou 1/18 avos ao invés de 1/12 avos, conforme decreto do Ministério do Planejamento”, diz a pasta. O documento continua com a informação de que“em março o MEC conseguiu regularizar o fluxo para voltar a repassar 1/12 avos”, e que “os restos a pagar ainda estão sendo discutidos internamente, mas com a sanção do orçamento isso deve ser regularizado em breve.” O MEC argumenta que “apesar do corte sofrido, as despesas de custeio estão garantidas.”

Funcionários do Hospital de Clínicas (HC) fazem assembleia

Os servidores da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) participam nesta terça-feira (26) de assembleia para definir a possibilidade de a categoria também deflagrar greve. A votação está marcada para acontecer às 7h30 da manhã no pátio do Hospital de Clínicas (HC).

IFPR ainda não discute greve

Os professores e servidores do Instituto Federal do Paraná (IFPR) ainda não começaram a discussão sobre a possibilidade de deflagrarem greve. Nilton Brandão, presidente do sindicato que representa docentes e parte dos técnicos (Sindiedutec), explica que a primeira tentativa da entidade será chegar a um acordo via negociação. “Há uma negociação em andamento. Agora, se não houve um compromisso do governo federal sobre nossas pautas, então poderemos ter uma postura diferente e colocar entre as possibilidades a greve.” A entidade tem uma série de assembleias informativas e de debate nos próximos dias pelo estado. Na sede, em Curitiba, a assembleia está marcada para esta quinta-feira (28), às 10 horas.

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