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Professores da rede estadual decidiram manter a greve iniciada no último dia 16. A categoria fez uma assembleia na tarde desta sexta-feira (27) na avenida Paulista, na região central de São Paulo. Os manifestantes fechavam a pista sentido Consolação, na frente do Masp (Museu de Artes de São Paulo), e, por volta das 16h20, iniciaram uma caminhada em direção à praça da República. Eles deverão passar pela rua da Consolação para chegar ao destino.

A categoria, que tem a data-base em março, reivindica reajuste salarial de 75,33%, o que, segundo o sindicato, visa a equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior -o piso dos professores estaduais é de R$ 2.415,89.

A greve já afeta a rotina de algumas escolas de São Paulo. Como a Folha de S.Paulo mostrou nesta semana, há casos de escolas que liberando alunos uma hora e meia antes do normal e casos em que os estudantes ficam dentro das salas, mesmo sem aula.

Funcionários de uma das escolas visitadas pela reportagem na última quarta-feira (25) disseram que dois terços dos professores não compareceram na ocasião. Após ser questionada, a Secretaria de Educação disse que os colégios chamarão professores eventuais para cobrir as ausências. O Estado possui cerca de 5.300 colégios, 230 mil professores e 4 milhões de alunos.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta semana que a decisão de entrar em greve foi política. “De maneira intempestiva e dentro de um movimento político, no dia 13 de março, para fazer contraponto com a manifestação do dia 15”, afirmou ele.

Ao falar do movimento político, Alckmin afirmou que a greve não tem sentido porque a Secretaria da Educação é aberta ao diálogo. O tucano disse também que não é adequado fazer uma greve oito meses depois do último reajuste. O secretário de Estado da Educação, Herman Voorwald, disse à Folha de S.Paulo que a greve é fora de hora.

Procurada pela reportagem, a presidente da Apeoesp (sindicato dos professores do Estado de São Paulo), Maria Izabel Azevedo Noronha, rebateu o governador e negou qualquer envolvimento político-partidário no movimento. “Ele [governador] é que está fazendo essa relação política. Para ele, democracia só foi no dia 15. O dia 13 é como se não existisse. Nosso movimento foi decidido em janeiro na porta da Secretaria da Educação”, disse.

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