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Com dificuldades de locomoção, Adelina teve problemas para ir fazer o reca­das­tramento. Paraná Previdência informa que o pedido de visita de um assistente social suspende eventual bloqueio no pagamento | Hedeson Alves/ Gazeta do Povo
Com dificuldades de locomoção, Adelina teve problemas para ir fazer o reca­das­tramento. Paraná Previdência informa que o pedido de visita de um assistente social suspende eventual bloqueio no pagamento| Foto: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo

Adelina Ana Sponholz, 91 anos, e Teresinha Onório, 74, tiveram de enfrentar fila nesta semana para participar do recadastramento dos servidores públicos estaduais realizado pela Paraná Previdência. A medida tem o objetivo de manter atualizada a lista dos funcionários e aposentados, o que ajuda a evitar possíveis fraudes. Para se recadastrar, é preciso comparecer pessoalmente ou solicitar a visita de um assistente social na residência. Mas a espera pode ser longa. Até novembro, seis assistentes sociais terão de fazer 700 visitas. Além disso, nem todos os aposentados conhecem este recurso.

Adelina e sua filha Stela Maria tentam há três meses conseguir uma visita de assistentes sociais. A idosa tem dificuldade de locomoção, problemas cardíacos, mal de Alzheimer e não enxerga mais. Com medo de perder o benefício, a família compareceu ao recadastramento. "Ano passado foi a mesma situação. Minha mãe tinha ficado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e quando saiu teve de vir. A resposta é sempre que faltam assistentes sociais. O número é muito pequeno para atender todo o estado", diz Stela.

A aposentada precisa do auxílio da família para tudo e já não sai mais de casa. A ida à Paraná Previdência demandou a ajuda de uma enfermeira. A filha Stela conseguiu que uma assistente social da Paraná Previdência fosse colher as informações de Adelina no veículo, porque ela não conseguiria caminhar até a sala onde é feito o recadastramento.

A assessoria de imprensa da Paraná Previdência informou que Adelina não precisaria ir pessoalmente fazer o recadastramento, porque o pedido de visita de uma assistente social libera automaticamente o prazo e suspende um eventual bloqueio dos pagamentos. O problema é que alguns idosos e seus familiares não sabem que podem pedir uma visita domiciliar e nem que a solicitação anula o prazo.

A aposentada Teresinha Onó­­­rio e sua neta, Cassiana Vier­­­­­korn, também tiveram problemas para fazer o recadastramento. Elas moram no bairro Centenário e precisaram pegar ônibus e um táxi para chegar ao prédio da Paraná Previdência, no São Francisco. A idosa tem problemas no pulmão e pressão alta. "Sinto muito falta de ar e as pernas já não ajudam mais", diz Teresinha. Apesar disso, ela e a neta não reclamam do atendimento. "Che­­gamos e fomos aten­­­didas rapidamente. O problema não é a fila, mas o deslocamento até aqui", conta Cassiana.

Recadastramento

Em 2009 a Paraná Previdência iniciou o recadastramento dos servidores públicos estaduais. O processo é feito em duas fases. Na primeira os dados são fornecidos pela internet e na segunda há a assinatura presencial.

Há possibilidade de entrega do protocolo com a firma do segurado reconhecida por tabelião. Mas, mesmo assim, o pensionista ou aposentado precisa comparecer ao cartório. Alguns tabelionatos fazem a visita domiciliar, entretanto faltam funcionários para fazer este serviço, portanto a espera pode ser longa.

Além de coibir fraudes, a medida ajuda a gerenciar a verba para pagar as pensões e aposentadorias. No futuro, as informações farão parte de um banco de dados da Ministério da Previ­­dência Social.

Serviço: Pelo telefone Paraná Previdência é possível tirar dúvidas e solicitar a vista de uma assistente social: (41) 3304-3737.

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