• Carregando...

Nos lugares mais famosos de devoção aos dois santos brasileiros, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão e Santa Paulina, o cuidado com as relíquias é máximo. "Relíquia é uma coisa muito séria, não é para ficar fazendo coleção", conta a irmã Maria Aparecida, do Mosteiro da Luz, em São Paulo. As freiras recebem cerca de 15 pedidos por mês, mas a demanda já foi maior, chegando a cem por semana. Paróquias, padres, leigos, seminaristas e até bispos fazem as solicitações. Nos casos mais especiais, o mosteiro envia pedaços pequenos de um osso de Santo Antônio Galvão em um relicário metálico. Na maioria dos pedidos, o fiel se contenta com um cartão que traz um pedaço das vestes do santo.

Tudo é autenticado pela irmã

Célia Cadorin, postuladora da causa de canonização. Quem recebe um pedaço de osso paga de R$ 60 a R$ 100. "Relíquia não se vende, nós damos gratuitamente, mas o valor é para cobrir os custos do relicário", explica a irmã Aparecida.Em Nova Trento (SC), pedidos de partes dos ossos de santa Paulina são encaminhados a São Paulo, onde está a direção da ordem religiosa fundada pela santa. "Nós não cobramos nada, mas também não fornecemos os relicários, a pessoa normalmente manda fazer", explica a irmã Egnalda Rocha. Apenas paróquias ou capelas que terão a santa como padroeira recebem partes do corpo de santa Paulina. Nos outros casos, é enviado um cartão plastificado com um pedaço do hábito da religiosa. "Nós sempre procuramos saber a motivação do pedido", afirma, repetindo o discurso das freiras do Mosteiro da Luz: é preciso ter respeito. (MAC)

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]