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A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) terá de reduzir em 26% a captação de água do Sistema Cantareira a partir de novembro deste ano, após o novo prazo de conclusão da obra emergencial na Represa Billings. A determinação foi divulgada na tarde desta sexta-feira (31) pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), órgãos gestores do manancial.

Na última terça-feira (28), o DAEE, órgão do governo Geraldo Alckmin (PSDB), divulgou nota oficial informando que havia autorizado o aumento da retirada máxima de água do Cantareira pela Sabesp, de 13,5 mil litros por segundo para 14,5 mil l/s em agosto, e a suspensão da redução de 13,5 mil l/s para 10 mil l/s que havia sido determinada pelos gestores para ocorrer entre setembro e novembro. A decisão foi anunciada sem o aval da ANA, do governo federal.

As medidas haviam sido solicitadas pela Sabesp na semana passada. A companhia justificou o pedido dizendo que o Sistema Alto Tietê, que seria usado para socorrer o Cantareira, sofre com a seca, e que a obra emergencial que vai abastecê-lo com 4 mil l/s de água da Represa Billings sofreu novo atraso e só entrará em operação em outubro, conforme a reportagem antecipou na quarta-feira, 29. A obra chegou a ser prometida por Alckmin para maio e, por último, para setembro.

Segundo estimativa feita pelo DAEE, o pedido da Sabesp poderia causar um déficit de água no manancial superior a 100 bilhões de litros nos próximos quatro meses e colocá-lo, até novembro, de volta na segunda cota do volume morto, que havia sido recuperada em fevereiro. Agora, contudo, ANA e DAEE decidiram que a Sabesp deve reduzir a captação para 10 mil l/s em novembro, quando a companhia promete já ter concluído a obra da Billings, considerada essencial para evitar o rodízio oficial no abastecimento de água da Grande São Paulo.

Procurados pela reportagem na tarde desta sexta-feira (31), Sabesp e DAEE ainda não se manifestaram. A ANA informou que não vai comentar a decisão.

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