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 | Hugo Harada/Gazeta do Povo
| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Quem passa pela Praça Afonso Botelho, conhecida popularmente como a “Praça do Atlético”, ao lado da Arena da Baixada, em Curitiba, provavelmente não imagina que no subsolo há duas grandes caixas de concreto. Elas parecem garagens subterrâneas, mas na verdade foram projetadas para conter a água da chuva. A lógica dos piscinões é simples. Canos grandes conduzem o que chega aos bueiros do entorno e desemboca nos reservatórios, que contam com tubulações bem menores, e escoam a água mais lentamente e em volume menor.

INFOGRÁFICO: estrutura dos piscinões subterrâneos

As obras não garantem que todas as inundações serão evitadas. “Isso depende da quantidade da chuva. O objetivo é reduzir a velocidade e a força da água, para minimizar impactos”, comenta o secretário municipal de Meio Ambiente, Renato Lima. Contudo, os piscinões teriam passado bem por alguns testes, como a chuvarada do dia 12 de julho. Tecnicamente, os reservatórios devem representar menos casos de alagamento na Rua Brasílio Itiberê, no trecho entre os bairros Água Verde e Rebouças.

Os piscinões são, na verdade, piscininhas. É que a capacidade de volume do reservatório (750 mil litros de água, segundo a construtora) é bem menor do que uma piscina olímpica (2,5 milhões de litros). O primeiro, menor, foi feito em 2015, ao custo de R$ 49,5 mil. O maior ficou pronto em janeiro deste ano e custou R$ 100,5 mil. A tática é adotada em algumas cidades do Brasil e do mundo.

Rios canalizados

Segundo Lima, o ideal seria a naturalização dos cursos hídricos, com a descanalização dos rios. Contudo, obras antigas que colocaram em canais de concreto parte dos rios Água Verde, Juvevê e Belém, por exemplo, e todo o Rio Ivo, seriam quase impossíveis de serem revertidas.

A cidade tem outras áreas que funcionam como reservatórios de água da chuva. Segundo a prefeitura, existem mais três projetos para piscinões na região do Rio Juvevê, no Alto da XV, aguardando a liberação de recursos federais.

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