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Sem crédito na capital, viaturas são mandadas para o interior, gerando mais gastos para o estado | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Sem crédito na capital, viaturas são mandadas para o interior, gerando mais gastos para o estado| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Viaturas da Polícia Militar do Paraná (PM) que precisam de reparos em Curitiba são levadas para Guarapuava. Em alguns casos, vão para Paranaguá.

Segundo relatam policiais militares de vários setores do quartel ouvidos pela reportagem, o governo estadual não possui mais crédito nas quatro oficinas que fazem o serviço na capital. As dificuldades do governo em sanar suas contas voltaram também a atingir as diárias dos 300 policiais militares e 500 bombeiros que estão no Litoral para operação Verão.

O maior problema das viaturas serem levadas ao interior para conserto é a geração de mais custo para o estado. Se um policial levar, tem o custo da diária. Caso precise de guincho, pode usar o do Batalhão de Polícia de Trânsito, o que desfalcaria a cidade. Sem contar com a demora em repor a viatura nas ruas de Curitiba. "As oficinas podem vir buscar a viatura, mas duvido que façam isso", disse um oficial da PM.

DiáriasUma reunião entre os comandantes e a tropa no Litoral na semana passada deixou os policiais militares e bombeiros intrigados. O comandou os deixou à vontade para voltarem as suas lotações de origem. O motivo é que a previsão do próximo pagamento de diária vai seguir atrasando.

Segundo o presidente da Associação dos Praças do Estado do Paraná (Apra-PR), Orélio Fontana Neto, o governo estadual chegou a liquidar a conta das diárias até o dia 16 de janeiro, mas ainda não pagou as dos dias seguintes, nem a de fevereiro. A dívida liquidada passou dos R$ 2 milhões. Por dia, o governo deveria arcar com R$ 145 mil em diárias para os policiais que estão no Litoral.

Cada policial tem direito a receber R$ 180 por dia. Sendo assim, entre o dia 17 de janeiro até esta terça-feira (27), o governo precisa depositar R$ 1,6 milhão para os policiais e bombeiros que estão no Litoral."O correto é o policial ir com a previsão no contracheque", reclamou Fontana.

De acordo com ele, a reunião no litoral ainda deixou os policiais receosos, já que muitos não vão voltar por medo de retaliação futura mesmo sem o pagamento das diárias. "Eles assumiram o compromisso com a sociedade, mas não recebem as diárias. Imagine se eles voltam para suas lotações de origem como vai ser. Vão lembrar que aquele soldado, por exemplo, foi o que voltou por dinheiro", ressaltou.

O que o governo dizA Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná informa que, em conjunto com a Secretaria da Fazenda, está negociando para resolver o problema do reparo das viaturas policiais e do pagamento das diárias.

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