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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo/Arquivo

A realização de perícias médicas deve ser interrompida nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do Paraná nesta quarta-feira (26). A orientação do comando da greve deflagrada pelos servidores do órgão é de que nenhuma das 74 agências do estado prestem este tipo de atendimento, como medida para reforçar a paralisação e forçar a retomada das negociações. A greve dos servidores completa, nesta quarta, 51 dias e atinge cerca de 90% das agências em todo o estado, de acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social do Estado do Paraná (Sindprevs).

Segundo a entidade, embora a orientação seja para que todas as agências interrompam temporariamente as perícias, não há como precisar em quais unidades do estado o trabalho será temporariamente suspenso. Na região metropolitana, estima-se que a maioria das 16 unidades de atendimento fazem parte da mobilização do dia.

De acordo com o Sindprevs, só serão mantidas nesta quarta-feira as perícias judiciais – marcadas a pedido da Justiça. Por enquanto, as perícias médicas são os únicos serviços que não foram suspensos pelos servidores por tempo indeterminado. Na quinta-feira (27), as perícias devem ser retomadas, conforme agendamento prévio.

“Estamos fazendo esses picos de não atendimento para reforçar a mobilização”, explica um dos diretores do Sindiprevs no Paraná, Nelson Malinowski. “Estava marcada para terça-feira (25) uma nova rodada para que o governo apresentasse novas propostas. Mas, o Ministério do Planejamento recebeu ordem para não atender os servidores por causa da reforma ministerial. Agora, estamos sem previsão de retomada de acordo”, acrescenta.

Para esta quinta-feira, a federação dos servidores públicos (Fenasps) está organizado um protesto geral em Brasília. O órgão espera a participação de caravanas de todos os estados do país para pressionar uma resolução da greve dos federais.

Pauta

A greve dos servidores foi deflagrada no dia 7 de julho, em resposta à proposta apresentada pelo Governo Federal em junho, que prevê reposição de 21% em quatro anos (2016, 2017, 2018 e 2019). Os trabalhadores reivindicam reposição salarial de 27,5% em parcela única e aumento gradual durante os próximos quatro anos. Segundo o Sindprevs, projeções de inflação indicam que até 2019 a defasagem salarial da categoria superaria os 30%.

O Ministério do Planejamento informou por meio de nota que o reajuste proposto pelo governo federal é de 21,3% dividido em parcelas de 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,8% em 2018 e 4,5% em 2019.

A paralisação dos servidores do INSS é nacional e começou em 7 de julho. Os servidores de carreira pedem reajuste salarial de 27%, realização de concurso público, fim do assédio moral, incorporação das gratificações, entre outros.

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