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Morte de preso da Delegacia de Pinhais não tem relação com a rebelião, segundo a Polícia Civil | Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Morte de preso da Delegacia de Pinhais não tem relação com a rebelião, segundo a Polícia Civil| Foto: Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Apesar de a delegacia estar fechada, movimentação de pessoas foi grande no local nesta manhã

Quinze detentos fugiram da carceragem da delegacia de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, na quinta-feira (9). A fuga resultou em troca de tiros com policiais e também uma rebelião. Oito presos foram recapturados até a manhã desta sexta-feira (10), de acordo com a Polícia Civil. Sete ainda são procurados.

A confusão teve início por volta das 18 horas de quinta-feira (9), quando um grupo armado chegou à delegacia para resgatar os presos, contou o delegado Rubens Recalcatti, que acompanhou a ocorrência. "Eles começaram a atirar a atingiram o policial de plantão. O superintendente percebeu a confusão e quando foi ver o que tinha acontecido, também foi baleado", contou o delegado.

Após cerca de cinco horas de negociação, os detentos entregaram as armas que possuíam dentro da carceragem. Os policiais então entraram na cela e não ocorreram mais disparos, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (Sesp). O local está superlotado. Abriga 108 presos e o espaço seria para 16, de acordo com a Prefeitura de Pinhais.

Ao fim da negociação, o delegado do Grupo Tigre, Luiz Alberto Cartaxo Moura, disse que presos de menor periculosidade foram feitos reféns. "Eles pegaram as armas na hora, eram armas da própria delegacia, de policiais que trabalham no local. Estamos atuando em várias regiões para tentar recapturar os fugitivos", disse.

As investigações serão conduzidas pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil.

Policiais baleados

O superintendente da delegacia de Pinhais, Osmair Pereira da Silva, corre risco de morrer. Ele foi atingido por um tiro no pescoço durante a fuga de presos na quinta-feira. Silva passou por várias cirurgias e foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital do Trabalhador. O policial está inconsciente.

O outro policial civil baleado foi Urabatan dos Santos Gonçalves, que levou cinco tiros. Ele foi atingido no braço e na perna. Gonçalves passou por cirurgia e está internado, em observação, no Hospital do Trabalhador. O estado de saúde dele é estável e o policial está fora de perigo, segundo a Sesp.

O terceiro ferido foi o policial militar Carlos Augusto Bordignon. O tiro pegou de raspão no braço do PM. Ele foi socorrido, mas já teve alta.

Um fugitivo foi baleado em troca de tiros com a Guarda Municipal de Pinhais, ainda na noite de quinta-feira, na Avenida Iraí. Ele foi um dos recapturados. A assessoria de imprensa da Polícia Civil afirmou que nenhum detento foi baleado dentro da delegacia. A informação de que ao menos um preso teria sido atingido foi desmentida pela corporação.

Morte

Um homem que estava preso na delegacia de Pinhais morreu nesta sexta-feira. A Polícia Civil afirmou que ele não foi baleado e que não há relação direta com a rebelião. O detento teria sido vítima de um ataque epilético, foi socorrido e levado para o Pronto Atendimento da região, onde não resistiu e morreu, segundo a informação da assessoria de imprensa da corporação.

Um veículo do Instituto Médico Legal (IML), flagrado pela reportagem da Gazeta do Povo em frente à delegacia de Pinhais na manhã desta sexta-feira (10), foi ao local somente para apanhar um documento, assinado pelo delegado, que permitia o transporte do corpo do detento morto no hospital, explicou a Sesp.

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